Esse ano o carnaval não tem sido igual aos que passaram para o governador do Rio, Sérgio Cabral. A um mês de deixar o governo, Cabral teve uma passagem discreta pela Marquês de Sapucaí na primeira noite de desfiles do Grupo Especial. Ao contrario de outros carnavais.
O governador só desceu do camarote para cumprimentar foliões no segundo recuo da bateria durante o desfile da Mangueira, sua escola de coração. Cabral não quis dar entrevistas e quando comentava algo com jornalistas quase sempre se referia à beleza dos carros e fantasias.
- Esse é mesmo vascaíno - comentou, logo após um folião comprimentá-lo aos gritos de “Vasco”.
O único comentário de tom mais político ocorreu durante a pssagem da ala mirim:
- Esses são os filhos da pacificação das favelas.
Quando a bateria chegou no recuo, Cabral foi para o lado do filho Marco Antonio, que desfilva na ala. Chegou até a distribuir água mineral para os integrantes.
O vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, asssistiu a boa parte dos desfiles na pista. Sem exibir o mesmo gingado que o governador, Pezão acompanhou tudo de forma sóbria. Na pista, acabou virando anfitrião do presidente nacional do PT, Rui Falcão. Convidado para assistir ao desfile pelo vice-prefeito Adilson Pires, Rui defendeu a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) à sucessão de Cabral.
Na avenida, conversaram com o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, tema do samba-enredo da Grande Rio:
- As convenções partidárias são em junho. Até lá , a aliança é possível. Oferecemos a vaga de vice ou cargo de vice - disse Pezão.
Já o prefeito Eduardo Paes foi embora logo após o desfile da verde e rosa. Enquanto esteve no Sambódromo, brincou com integrantes das escolas e, pela terceira noite consecutiva, saiu sem dar entrevistas.
Fonte: Globo Online
