Fim de quase uma hora de entrevista e Adilson sobe alguns degraus de arquibancada para uma rápida foto antes do treino de segunda-feira. São Januário está vazio e o treinador do Vasco, em outra visão do estádio, questiona: "Onde é que vaiam mais? Aqui ou ali (apontando para dois pedaços da arquibancada)?" A pergunta bem-humorada desse paranaense de 45 anos denota que é a primeira passagem do técnico pelo futebol carioca. No histórico estádio vascaíno, as cadeiras sociais, pertinho do banco de reservas e da lateral de campo, são o ponto mais nervoso do caldeirão que ultimamente mais ferve contra do que a favor do clube de São Januário.
Vitorioso como jogador e até agora com quatro títulos estaduais no currículo, além de uma derrota em pleno Mineirão no auge da carreira, na final da Libertadores (“Ainda vou ganhar ela. Vou atrás ainda”), o treinador segue a escola de treinadores de personalidade forte e que tem como fixação cada detalhe do trabalho. Ênio Andrade e Felipão são alguns dos nomes com quem mais aprendeu. Mas o apelido que o guia na sua vida no futebol veio de outro técnico consagrado: o tricampeão nacional Rubens Minelli chamava Adilson de Pero Vaz de Caminha, o escrivão do navegador que descobriu o Brasil, Pedro Álvares Cabral. A lembrança, que se explica por tantas as anotações que o então jogador fazia após treinos e jogos, diverte o atual técnico do Vasco.
- Por isso até acho que estou no lugar certo. Aqui no Vasco estou fazendo o caminho das Índias - brinca o técnico.
O anotador de Minelli até agora soma oito vitórias, cinco empates e quatro derrotas em 17 partidas à frente do Vasco, entre os últimos jogos do Brasileiro e o início do estadual. Nada que assuste um técnico que começou no interior de São Paulo, com um vice-campeonato da Série C no Mogi Mirim, passou por mais sete estados brasileiros e já teve uma experiência no Japão. O auge da carreira, porém, traz ao mesmo tempo um orgulho e uma ponta de frustração, quando lembra que deveria ter permanecido no Cruzeiro depois de três anos, dois títulos e uma derrota na final da Libertadores.
- Mas não é frustração não. Ainda vou ganhar a Libertadores. Vou atrás dela - disse o treinador.
Adilson Batista compara a passagem por São Januário com o desafio que assumiu quando treinou São Paulo depois de duas passagens sem brilho por Corinthians e Santos.
- Como você vai dizer não para o São Paulo? Não dá, como não dá (para dizer não) com o Vasco.
São 13 anos como treinador. Você teve o auge no Cruzeiro, depois passagens que poderiam ter sido melhores por clubes grandes. Em que estágio você se vê hoje?
Estou em um grande clube. Mais experiente, mais calmo, mais tranquilo, mais paciente. Meu trabalho melhorou. Sempre digo que é preciso analisar o contexto. O que é proposta de jogo, o que não foi executado... Às vezes, não é só minha a responsabilidade. No Brasil, se transfere demais a culpa para o treinador. Dá-se muita importância ao título e também às derrotas. O esporte é coletivo. Precisamos analisar com cuidado, friamente. Contra a Cabofriense, por exemplo. Jogamos em cima, tivemos bolas na trave, mexemos, abrimos o time, tivemos dificuldades, o lado físico de alguns pesou. Por isso tudo não acho justo algumas críticas que são feitas. Sempre é o treinador, tudo é o treinador. Mas calma que ainda tenho mais 15 anos de estrada. Ainda vai ter muita coisa boa pelo caminho..
Rever o quê, por exemplo?
É preciso ter paciência. Um time não se faz da noite para o dia, em dez jogos. Não se constrói um grupo assim. Tem altos e baixos, lesões... E olha que não tivemos muita lesão esse ano. Foram mais traumas de jogo, não de treinamento. Tem que analisar o contexto. O que é proposta de jogo, o que não foi executado... Às vezes, não é só minha a responsabilidade. No Brasil, se transfere demais a culpa para o treinador. Dá-se muita importância ao título e também às derrotas. O esporte é coletivo. Precisamos analisar com cuidado, friamente. Contra a Cabofriense, por exemplo. Jogamos em cima, tivemos bolas na trave, mexemos, abrimos o time, tivemos dificuldades, o lado físico de alguns pesou. Por isso tudo não acho justo algumas críticas que são feitas. Sempre é o treinador, tudo é o treinador. Mas calma que ainda tenho mais 15 anos de estrada. Ainda vai ter muita coisa boa pelo caminho.
Você já falou que pensa em ser diretor técnico depois desse período. Isso segue de pé?
Quero colaborar. Acho que precisamos melhorar com experiência, vivência, indo atrás, mostrando o que está errado. Só de acompanhar um jogo do Bayern de Munique e do Barcelona já vemos que é preciso melhorar. Ou então quantas vezes elogiamos demais alguns jogadores? Se olhar a realidade, a situação é bem diferente. Precisamos ter cuidado. Em poucos dias, se começa uma expectativa sobre jogadores sem que eles façam por onde. E eles são bem diferentes de Edmundo, Romário, Roberto, Juninho... Vocês (jornalistas) também precisam ajudar a gente. Com mais informações, analisando o jogo friamente, o que foi pensado para a partida, o que esse cara rendeu, dar mais dados, estatísticas, bem minucioso mesmo para mostrar a todos a realidade. Se a gente olhar o Bayern do ano passado, já notamos que é diferente do atual. Isso é filosofia do treinador, que gosta da posse de bola. No Brasil, se recuar a bola para o goleiro toma vaia. Ainda bem que os torcedores vão ter a oportunidade de ver a Copa do Mundo de perto. Verão compactação, dinâmica de jogo. Isso vai ajudar muita gente a entender, a aceitar o que é o futebol. Pelo menos eu espero.
Pela sua carreira, que você citou, já há experiência de lidar com orçamentos reduzidos. Mas trabalhar desta forma em clube grande é bem diferente, certo?
Você tem que ser criativo, tem que dar o passo de acordo com a perna, entender a realidade. O Vasco tem profissionais capacitados e competente para buscar reforços. Estamos sendo pontuais, inteligentes. Fomos buscar reforços no início do ano, montamos o elenco de novo, tivemos a chegada pontual do Douglas. E ainda estamos atentos em relação a uma ou outra contratação. Mas não é fácil fazer futebol sem dinheiro. Estamos no virando com conhecimento, inteligência, habilidade. O Rodrigo Caetano tem muito mérito nisso. Assim como Roberto e o Ercolino, que está se virando também do jeito que dá.
Você ficou quase três anos no Cruzeiro, chegou à final da Libertadores e depois emendou trabalhos que não tiveram o mesmo sucesso. É preciso provar que você pode se destacar de novo? Levando o Vasco à Série A novamente, por exemplo?
Temos que provar todo dia. Vida de treinador é assim. O porquê disso também temos que investigar. É diferente iniciar uma temporada no clube poder montar o elenco. Foi assim comigo no Cruzeiro. Fiquei lá uns 2 anos e 7 meses. Mudei a zaga, as laterais, os atacantes... Só não mudei o goleiro e muito o meio. Aí você vai moldando. Tanto que me arrependo até hoje de ter saído. O Zezé Perrela e o Maluf falaram comigo na época, perguntaram: "Vai sair por quê? Vai dar tudo de mão beijada para outro". Só que na ocasião eu estava chateado com algumas coisas e fui embora. No Corinthians peguei o trabalho no meio, no São Paulo também. Não sou dono do clube. Eu tenho ideias de jogo, gosto de determinados jogadores, tenho que me adaptar ao clube, ao estado, ao jeito de jogar, a alguns jogadores que lá estão. Tem que saber convencer. O Fergunson só foi ganhar algo no Manchester United na sua sétima temporada. O brasileiro tem dificuldade em relação a isso. Fiz um ótimo trabalho na Série B com o Avaí em 2002. No ano seguinte o time todo foi embora. E por causa de diferenças de R$ 5 mil, R$ 10 mil no salário. Em 2006 fiz um bom time no Figueirense e novamente todos foram vendidos em 2007. É complicado. Se você analisar o tricampeonato brasileiro do São Paulo, foram utilizado apenas 72 jogadores. Tem um sentido nessas coisas. O Barcelona não muda a toda hora. Mas no Brasil é assim. Nós também temos culpa, como os jornalistas, os torcedores. A impaciência é grande, tudo é descartável. Temos que produzir mais e descartar menos. Hoje o cara sai do fraldinha e já falam que é craque. Cadê o Jean Chera, por exemplo? Por onde anda? Todos chamavam de craque.
Falando sobre jogadores novos, o Thalles vem se destacando esse ano. Você chegou a colocá-lo ao lado do Edmílson em algumas partidas do ano passado. Você não vê forma deles jogarem juntos, acha que não encaixa?
Não encaixa. O Thalles também é centroavante. É um jovem promissor, com um futuro bonito, mas ainda precisa ser trabalhado. Tem muito a melhorar e só 18 anos. O potencial é grande, mas precisa estar sempre trabalhando. Vamos com calma. O Edmílson hoje está na frente.
O jogador também influencia nessa superexposição?
Não sei. Eu procuro mostrar a realidade. Mostro o que precisa ser melhorado, vou para o campo e trabalho o que precisa ser melhorado, tento corrigir. A nossa função é fazer com que eles cresçam profissionalmente, para que amanhã e depois cheguem na Europa e consiga fazer tudo. Por que o Robben tem que marcar e os nossos jogadores não? O Zidane ajudava a marcar, mas os nossos não podem? É preciso uma mudança de mentalidade, de conceito. Tem gente que acha que do meio para trás tem que marcar e dar a bola para ele. Esse jogador acabou. Pelo menos para nós treinadores.
Neste ano você tem a oportunidade de montar um time, ajudar nesta remontagem. Por isso a sua expectativa é maior, assim como a responsabilidade?
Até pela grandeza do Vasco, mas isso não me deixa ansioso ou nervoso. Estou tranquilo, consciente, sabendo da responsabilidade, da importância do título. Tenho consciência de que começamos o ano bem. Claro que tivemos tropeços que não estavam o planejamento, ainda perdemos quatro ou cinco pontos em erros de arbitragem, outros em erros nossos. Poderíamos estar em uma condição melhor. Mas vamos retomar tudo na quinta-feira. O time já melhorou, a defesa é a menos vazada, o saldo está bom. Fomos bem nos dois clássicos, encontramos um padrão de jogo. Às vezes mudamos porque damos a oportunidade e o jogador não aproveita. Aí tem que mudar, o futebol é rendimento e isso vale para todos. Caso contrário, sou cobrado internamente até pelos jogadores, no olhar, no treinamento por não estar sendo coerente. Tento ser justo. Claro que vou errar, mas a intenção nunca é essa.
O jejum de títulos no Carioca e o foco de dois grandes na Libertadores aumenta a pressão?
Claro que os anos sem título atrapalham. Mas o fato de Flamengo e Botafogo estarem na Libertadores não muda nada. Estamos em ano de Copa, vai ter um parada no meio da temporada. Dá pra levar. E os dois ainda estão fazendo revezamento de jogadores. Ambos vão chegar na fase final com força suficiente. Mas o jejum é grande. Ainda mais em um clube como o Vasco, acostumado a vencer, a chegar, a conquistar. O torcedor quer, nós queremos e precisamos da ajuda dele. Precisamos jogar juntos em São Januário.
No início do ano você tentou um esquema com dois atacantes abertos. A chegada do Douglas mudou seus planos?
Começamos daquele jeito porque o campeonato virou de pontos corridos. São 15 jogos e trabalhamos para vencer sempre. Com dois abertos, enfrentamos um time fechado - principalmente em São Januário - e deixamos o campo maior, temos jogadas pelos lados. Vai mudando porque os jogadores precisam ter confiança nessa função. Começamos de um jeito, estávamos bem, sofremos por erros nossos, acabou desencadeando a cobrança, o nervosismo, ficamos expostos, cheguei a fazer substituições no intervalo... Por isso a mudança não foi pensando no Douglas. Mas para jogar com dois meias como ele, sobrecarrega muito o meio. Se eles não voltarem, sobrecarrega.
Time de 2014 é mais forte que o de 2013?
É outro campeonato, não dá pra comparar, é diferente. O que já é um dado que você tem que relevar para comparar. No Brasileiro pegamos o Coritiba, o Santos, o Corinthians, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-PR lá... só pedreira. Temos que ver: uma coisa é chegar, dar treino e jogar. Jogo, jogo, jogo. Outra coisa é não ter tempo de preparação e jogar. Em Minas Gerais estrearam dia 30 (de janeiro), não sei (Nota da Redação: na verdade, no dia 26). São 20 dias de treino, isso que tem que ir botando na balança.
Mas, voltando, esse time atual… (Adilson interrompe)
Daria para encarar a Série A. Não jogamos melhor que Flamengo e Botafogo? Só falta o Fluminense.
Há obrigação de ganhar a Série B ou apenas de subir?
Quando você ganha, você deve procurar ser convincente. Gosto de ganhar convencendo. É mais legal, mais gostoso, te dá mais satisfação. Assim que penso. Perdi a Libertadores em 2009 jogando quatro vezes com Estudiantes. Na primeira, 3 a 0 para a gente. A segunda perdemos duas hora e meia de viagem, rodamos a Argentina inteira, chegamos enrolados. Na final, 0 a 0 lá e perco em casa, contra um grande time também. Mas ele viram também um grande time. Como foi quando enfrentamos o Boca e fomos eliminados nas oitavas da Libertadores (2008), com a imprensa argentina elogiando. Isso te dá satisfação. No Brasileiro, com o Vasco, fizemos bom jogo contra o Grêmio, contra o Corinthians, fizemos uma bonita reação contra o Santos. Agora, tem jogo que você fica chateado. Perdemos para o Flamengo, jogamos melhor. Mas vamos reagir rápido, entender a derrota. Mas não é em função de uma derrota que está tudo errado, não é assim.
Mas é importante ganhar a Série B?
Ah, é sempre importante ganhar, botar a faixa. É a valorização, é importante para o torcedor, é gostoso ganhar.
Pelas circunstâncias daquela última partida contra o Atlético-PR, você nunca falou sobre aquele jogo, que foi diferente dos outros sob seu comando. O time fazia partidas equilibradas e aquele dia foi goleado. O que acha que houve?
Tivemos erros cruciais que refletiram no resultado da partida. Precisávamos ganhar o jogo. E aí, arrisca? Mas arriscamos contra um time que é mortal no contra-ataque, muito rápido. Mas a violência, o clima, os dois gols que sofremos de bobeira, tudo isso influencia.
As suas atitudes quando chegou ano passado foram firmes. Afastou jogadores logo e depois também. Faltou compromisso ano passado?
Não quero julgar ninguém, mas tenho jeito de trabalhar, tem algumas características de jogar, precisa respeitar, é decisão do profissional, mas posso encontrar outro lugar assim também. É a vida. Gosto de um estilo, o jogador é de outro, o jogador gosta de outro, também não bate tudo. A nossa situação exigia um certo tipo de comprometimento, de dedicação, de entrega, de espírito. É o que a gente diz, não são três na frente, dois meias, dois volantes, não é o excesso disso ou daquilo que muda algo.
Quando você jogava, já dizia que queria ser treinador. Ser treinador é do jeito que imaginava?
É um mundo totalmente diferente. A gente joga bola, primeiro pelo prazer, pelo sonho de menino, pela realização. Nunca pensei no financeiro. Talvez fosse até coisa de amador, pela paixão de jogar naquele time, com aqueles jogadores, naquele estádio, ganhar aquele título. Você cria uma expectativa, sonha com a Seleção. Mundo de treinador é diferente, mais desgastante, mais preocupação, com tudo, mais planejamento e você trata com a psicologia, com a nutrição, com gestão de pessoas. Tem preocupação do dia a dia, relacionamento com a imprensa, com o torcedor. Mas sempre gostei. Tive ótimos profissionais, eles me chamavam para conversar e eu sempre gostei de ver, de analisar, mesmo quando joguei no Japão pegava material para conhecer as características dos jogadores. E vai conhecendo outros profissionais. Peguei uma turma experiente, Levir Culpi, Nelsinho Batista, Ênio Andrade, Felipão, Valdir Espinosa, Oswaldo de Oliveira, Vadão, Evaristo de Macedo, com todos eles eu aprendi. Sempre fui de marcar tudo que acontecia. Meu apelido com Rubens Minelli, que foi meu gerente no Avaí, era engraçado. Por isso até acho que estou no lugar certo, ele dizia que eu era o Pero Vaz de Caminha (Nota: Pero Vaz de Caminha foi o escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral em 1500. Foi ele que enviou a Portugal a carta informando o descobrimento do Brasil). Aqui no Vasco estou fazendo o caminho das Índias (risos). Sempre olhava, anotava, hoje no laptop. Quando operei às vésperas da final (do Mundial) contra o Ajax, pelo Grêmio (em 1995), passei 56 dias parado. Nesse período, fiquei olhando jogos do Ajax e já conhecia todo mundo. Sabia quem era o Van der Sar, o Blind, Frank e Ronald de Boer, Davids, Overmars, Litmanen, Kluivert… Tinha jornalista que perguntava para mim no avião “quem era fulano”. E no jogo deu para ver que acompanhei direito. Foi 0 a 0 até o fim, no tempo normal, na prorrogação, mas perdemos nos pênaltis.
Você falou em estilo de jogo e em diferenças de estados de verem o futebol. Como vê a aceitação dos vascaínos, dos cariocas?
A aceitação está sendo boa, vejo respeito com as pessoas na rua, que me cumprimentam. Ano passado eles viram a dedicação, a entrega. Só o fato de eu ter aceitado o desafio de tirar do rebaixamento viram desafio. Esse ano é processo de remontagem. Evidente que em função do último jogo, alguns pontos que deixamos escapar não é a mesma coisa, mas tenho certeza de que vamos brigar pelo nosso objetivo. De maneira geral, entendo que a linguagem do futebol é universal. Claro que dependendo do estado, do clube, tem que botar a maneira de pensar, de jogar, repensar algumas coisas.
Você tem no elenco pelo menos dois jogadores muito perseguidos, que são o Fellipe Bastos e o William Barbio. Há também resistência a outro que todo treinador que passou pelo Vasco usou muito, o Pedro Ken. É mais difícil trabalhar a confiança de um grupo com esse fato?
Por isso que digo que precisamos trabalhar desde a base esses garotos, com assistente social, com psicologia. Aqui temos a Maria Helena (psicóloga do Vasco há quase 30 anos), que faz ótimo trabalho. Tudo isso é importante para que eles cresçam, que entendam, relevem, passem por cima dessas dificuldades que todo profissional tem. Torcida sempre vai ter seu gosto, seu xodó, sua implicância. E nosso foco tem que ser direcionado para aquela situação de jogo e relevar tudo isso.
Sua carreira seria diferente se tivesse vencido aquela Libertadores?
Seria a mesma pessoa, continuaria trabalhando do mesmo jeito, com afinco, com vontade, com dedicação, gostando do que eu faço.
Foi sua maior decepção como treinador?
Não, não. Ainda vou ganhar. Vou atrás delas ainda.