Com trajetória vitoriosa e ídolo da torcida vascaína, Pedrinho realizou um jogo de despeida pelo Vasco recentemente e hoje mostra seu talento no Showbol, tendo se sagrado bicampeão estadual nesse fim de semana com vitória sobre o Itaboraí. Tido como um atleta com potencial para seguir no futebol profisisonal, Pedrinho justifica sua aposentadoria doa gramados ao programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM:
“Foi muito difícil pra mim aquela decisão(aposentaroria). Eu sempre me cuidei bem, e as pessoas ficavam surpresas com meu condicionamento físico. Mas em 2007, quando eu estava no Santos, o Filé(fisioterapeuta) descobriu que eu tinha um desequilíbrio no quadril e isso foi acarretado pelas lesões que eu sofri anteriormente no joelho, o quadril se desestabilizou e um lado ficou mais comprido que o outro, uma perna ficou maior que a outra e havia risco de se arrebentar um músculo. Comecei a fazer um trabalho de prevenção, joguei 60 jogos sem problema algum e depois fui para o mundo árabe. Como fiquei sem fazer esse trabalho(balanceamento), ficaria difícil dar continuidade. No dia do jogo de despedida, preferi não treinar, fiz só musculação e acabei no dia do jogo atuando bem. Não recebi um convite oficial,recebi elogios e foi dito que eu iria sentar e conversar. Mas eu não aceitaria o convite para continuar a jogar pois não teria sentido aquele jogo de despedida, seria algo bagunçado. A pior coisa foi ter caído com o clube que amo e eu sentia medo que acontecesse de novo algo ruim comigo relacionado ao Vasco, tenho muito respeito e medo de entristecer o torcedor. E eu falei que não jogaria no rival não de agora, aos 36 anos, mas desde os 18, nas minhas primeiras entrevistas, pois achei que seria falta de respeito com o torcedor.”
Pedrinho relembra o lance da embaixadinha na final da Taça Guanabara de 2000 sobre o Flamengo, revela se repetiria a jogada e diz que viveu tudo o que um atleta poderia viver na carreira:
“No ano que o Rodrigo Mendes fez o gol(1999), eu estava numa cabine de televisão e comentando o jogo e a torcida do Flamengo da geral me viu e começou a gritar bichado. Eu chorei, e acabou que aquilo foi uma injeção de ânimo. Comecei a focar nisso, e quando entrei naquele jogo( 2000) foi a partida da minha vida. Dei uma caneta no Rodrigo Mendes e sofri o pênalti, mas era o Romário que iria bater, mas não estava no jogo. Quem cobraria seria o Alex Oliveira, mas o Felipe pegou a bola da mão dele e disse que eu iria bater. Fiz o gol e o gesto para a torcida fazer silêncio em tom de vingança. No lance da embaixadinha, a bola começou a subir e eu comecei a me empolgar, mas hoje eu não faria por conta da violência que poderia gerar. No Vasco eu vivi tudo o que um jogador poderia viver, fui feliz, triste, campeão da Libertadores, fiquei triste pelo Vasco ter caído, mas fiz parte dessa história e não em envergonho, meu amor pelo Vasco é na alegria e na tristeza, na primeira divisão, segunda ou seja o que for. Não tenho partido político e nem tenho preferência por presidente, sou Vasco.”
Fonte: Supervasco