O assunto nas ruas do Rio de Janeiro, um dia após o erro clamoroso do árbitro auxiliar Rodrigo Saraiva Castanheira na partida entre Flamengo e Vasco, não poderia ser outro. No Aterro do Flamengo, a casa dos peladeiros cariocas, não se falou em outra coisa na segunda-feira. Ninguém consegue entender como Castanheira não conseguiu ver a bola do vascaíno Douglas dentro do gol do goleiro rubro-negro Felipe. Ela entrou 33 centímetros. De forma descontraída, as pessoas reproduziram o lance polêmico do clássico e opinaram.
— Eu não entendo nada de futebol. Mas qualquer pessoa vê que a bola entrou. Eu estou sem óculos e estou vendo muito bem, como ele não viu? (risos) — brincou a comerciante Dona Maria, de 70 anos.
Flamenguista, ela, que já é bisavó, contou no bom humor que o filho vascaíno só conseguiu dormir após “encher a cara”.
A decisão tomada por Rodrigo Castanheira, de deixar o jogo correr, foi de bastante agrado dos rubro-negros, que aproveitaram para tirar sarro.
— Se ele não deu o gol, melhor pra gente (risos). Admito que não é um lance difícil, mas se não deu, não deu. O importante é que o Flamengo ganhou — brincou o peladeiro Claudinei.
Outro flamenguista, Diego Santos também provocou:
— O Vasco sempre perde para o Flamengo. Com erros ou não de arbitragem, eles são os nossos fregueses.
Na Internet, as brincadeiras não pararam. Um site de humor reproduziu o lance e colocou alguns objetos tapando a visão do árbitro auxiliar, como um trenó de bobsled do Brasil e até um lutador de sumô.
O fato é que o lance e a derrota no clássico dificilmente sairão da memória do torcedor vascaíno. Poucos foram os que apareceram no Aterro com a camisa do time.
— Perder deste jeito dói muito. Esse árbitro precisa ser punido. Agora eu tenho que ouvir deboches dos flamenguistas. É complicado — reclamou, indignado, o vascaíno Silvio Gomes.
Ele aproveitou para sugerir uma solução para o caso.
— Por quê não colocam logo o chip na bola? Isso vai evitar que novos erros deste tipo voltem a acontecer. Quem sofre é o torcedor — finalizou o vascaíno.
Fonte: Extra Online