A expectativa era grande. De um lado, flamenguistas eufóricos com a oportunidade de provocar e ironizar o rival após o primeiro rebaixamento no Brasileiro. Do outro, vascaínos desconfiados com a missão de reerguer o clube. Em 2009, com quase 75 mil pessoas presentes, o Maracanã recebeu um dos Clássicos dos Milhões mais atípicos da história. O Vasco levou a melhor. Suportou a pressão e venceu por 2 a 0 o único duelo daquele ano. Cinco anos depois, a atmosfera fora de campo promete ser a mesma. No gramado, porém, o respeito ao rival é a arma para vencer.
Antes de a bola rolar naquele 22 de março de 2009, o número 2, em referência à Segunda Divisão, era exposto em tom de ironia pelos rubro-negros e músicas foram cantadas a todo momento lembrando o rebaixamento do Vasco na temporada anterior. Do outro lado da arquibancada, a torcida cruzmaltina compareceu em peso, mas só respondeu à altura após o intervalo.
Os gols marcados por Elton, aos 11 minutos, e Jefferson, aos 15 da etapa final, garantiram a vitória vascaína e o retorno do orgulho aos torcedores. O Flamengo, por sua vez, recuperou-se do tropeço, foi o campeão estadual daquele ano, mas não levou o ‘campeonato à parte’ contra o seu arquirrival. Naquela temporada, ambos acabaram conquistando o título de suas divisões no fim do ano.
Como em 2009, a atmosfera hoje à tarde será a mesma, assim como a possibilidade de ser o único confronto entre os clubes nesta temporada. Mas, entre os jogadores, está proibido qualquer tipo de provocação.
Em seu primeiro clássico contra o Flamengo como profissional, o zagueiro Luan alertou para os perigos do adversário. “Vai ser equilibrado. O time deles tem um dos melhores ataques da competição e virá em busca da recuperação no campeonato. A gente tem que tomar cuidado com o poder ofensivo do Flamengo”, afirmou.
No Rubro-Negro, Elano espera estrear no clássico com o pé direito. “Estou feliz. É gostoso enfrentar grandes adversários em grandes clássicos. No Maracanã, tem tudo para ser um momento especial”, disse o jogador.
Fonte: O Dia