A atuação do Vasco deixou a desejar em Volta Redonda, e o técnico Adilson Batista reconheceu isso. Após o empate por 1 a 1 diante do Nova Iguaçu, neste domingo, pelo Campeonato Carioca, o comandante culpou o excesso de erros de passes como o vilão pela tarde infeliz da equipe, que sofreu a igualdade já nos acréscimos. Durante os 90 minutos, o Cruz-Maltino errou 42 passes, contra 33 do adversário.
- É evidente que sempre trabalhamos para vencer e ninguém fica satisfeito com um gol no finalzinho. A gente trocou muito (jogadores), deu uma segurada em alguns que precisavam. Não é pretexto, mas tem que relevar certas coisas. Erramos muitos passes, o que dificultou o volume e andamento do jogo, no qual tivemos mais posse de bola. A gente lamenta, deveríamos ter um pouco mais de atenção, mas faz parte - disse o treinador.
Com a interrupção da sequência de vitórias (foram quatro no total), o Vasco deixa de assumir a liderança da Taça Guanabara. Assim, vai para o clássico contra o Flamengo, daqui a uma semana, no Maracanã, em desvantagem em relação ao arquirrival. Adilson evitou demonstrar sua chateação com o cenário e garantiu que a motivação será a mesma.
- Fica a frustração. O objetivo era vencer, mas faz parte do futebol. Vamos corrigir para não acontecer mais. Não é questão de motivação. Eles são profissionais, estava muito quente e alguns sentiram. No meu ponto de vista, a equipe ficou mais rápida no segundo tempo, conseguiu definir a gol. Mas claramente deixamos de criar mais pelos erros de passe - reforçou.
Confira os outros trechos da coletiva de Adilson:
Queda de rendimento
- Vamos tentar recuperar no nosso próximo jogo. Temos mais algumas rodadas e vamos pensar no clássico para voltarmos ao bom futebol. Será um jogo difícil, a gente sabe, então temos que nos preparar muito, ter atenção com alguns ajustes na defesa. Tivemos dificuldade na bola parada também. Agora temos de relevar algumas coisas.
Derrota do Fla para o Flu
- A cabeça deles está mais voltada para León (do México, quarta-feira, na estreia da Libertadores). Sempre vemos, procuramos acompanhar, são jogos sempre acirrados. Mas o importante é entrarmos com a concentração necessária e neutralizar o que eles têm de melhor.
Arrependimento pelasmudanças?
- Daqui a pouco os jogos passam para às 16h, é evidente que as trocas foram em função daquele pouco tempo de preparação na pré-temporada. Houve um acúmulo na sequência, que acaba sobrecarregando. Isso a gente conversa com a comissão, tenta amenizar. Decidimos fazer as trocas. Não me arrependo pelo resultado, não. Melhor um resultado desse do que lesionar algum atleta. Por exemplo, a gente perdeu o Everton na pré-temporada e só contou com ele nesta partida, na sétima rodada.
Falha do Martín no gol?
- Foi uma bola rápida, não é só questão de não sair do gol. Às vezes uma bola rápida, que alguém bloqueou ou não deixou sair. É um lance que se pede para jogar mais adiantado. Foi uma bola dividida. Não olho por esse lado.
Estreia do Everton Costa
- Rendeu. Estávamos trabalhando no primeiro tempo sem agressividade, sem explorar as costas do lateral. Melhoramos, criamos situações, e ele foi bem, sim. Agora temos uma semana para decidir como jogar contra o Flamengo.
Foi o jogo mais difícil?
- O jogo de quarta também foi muito duro. Tivemos dificuldades com o Volta Redonda, apesar de vocês (jornalistas) não considerarem uma das principais equipes. Teremos vários outros jogos assim até o final.
Bernardo e Montoya juntos
- Pode ser (que rendam). São jogadores de talento, de potencial. Têm condição de ajudar.
Fonte: GloboEsporte.com