O Ministério Público de São Paulo pretende pedir ainda nesta semana a quebra de sigilos de pessoas suspeitas de estarem envolvidas na escalação irregular do meia Héverton, da Portuguesa, na última rodada do Brasileirão. Depois de ouvir cerca de 12 pessoas, o órgão quer utilizar as informações que vão ser recolhidas pela Justiça para desvendar o caso.
Segundo apurou o ESPN.com.br, o MP vai solicitar mais do que os sigilos telefônicos e bancários. Todas as movimentações de pessoas ligadas direta ou indiretamente no episódio vão ser investigadas, como troca de e-mails e viagens feitas, por exemplo.
A promotoria mantém em segredo a sua linha de inquérito e não revela quais são as teses formuladas até o momento. De acordo com relatos obtidos pela reportagem com pessoas que já prestaram esclarecimentos para o órgão, Roberto Senise Lisboa, promotor responsável pelo caso, fez perguntas sobre o tráfego de informações dentro do clube, sobre as relações mantidas com dirigentes do Flamengo, do Fluminense e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Ainda não há prazo para o fim das investigações. Outro trabalho que está sendo realizado pelo MP é a análise das contas telefônicas que já foram entregues pelos depoentes, nos últimos dias. Apesar de dar algumas pistas, as ligações não devem configurar como prova, já que não há o conteúdo das conversas gravado, segundo advogados especialistas.
Hevérton, pivô do imbróglio por ter sido mandado a campo na última rodada estando suspenso, é um dos poucos da Lusa que ainda não foi ouvido. Um depoimento dele está marcado para a semana que vem, em Belém (PA), já que o jogador foi transferido para o Paysandu.
Até agora, vale lembrar, há uma contradição entre dois envolvidos no caso: Valdir Rocha, funcionário do jurídico do time paulista, e Osvaldo Sestário, advogado que defende a Portuguesa no STJD, no Rio de Janeiro. O primeiro diz que não foi avisado da suspensão do meia, enquanto o segundo garante que ligou e deu o recado.
Fonte: ESPN.com.br
