O Ministério Público de São Paulo ainda não tem um prazo para terminar as investigações do caso Héverton. Com novos depoimentos, a suspeita do órgão continua a mesma: alguém pagou e alguém ganhou para ter escalado o meia irregularmente. Para buscar mais informações sobre o que aconteceu, a promotoria reuniu nos últimos dias as contas dos celulares dos funcionários da Portuguesa, que ainda serão analisadas.
Para evitar ainda mais barulho sobre o episódio, Roberto Senise, promotor de Defesa do Consumidor, que cuida do caso, requisitou os documentos diretamente para os depoentes, evitando um pedido de quebra de sigilo telefônico, que teoricamente daria as mesmas informações - não é possível ter acesso às escutas das conversas, já que elas não foram grampeadas anteriormente.
Além de ser um caso difícil de ser entendido, por diversas contradições e acusações, Senise tem trabalhado praticamente sozinho para buscar os responsáveis pelo rebaixamento da Lusa. A verificação das ligações, por exemplo, será feita diretamente por ele, o que pode demorar um certo tempo, por causa de outras demandas.
O promotor ainda espera algumas pessoas se apresentarem ao MP-SP para prestarem esclarecimentos. O próximo passo pode ser a quebra de sigilo bancário dos envolvidos nas investigações. De acordo com o responsável pelo caso, as movimentações das contas correntes não foram solicitadas até o momento.
Entre as pessoas que já foram ouvidas por Senise estão o presidente e ex-presidente da Portuguesa, Ilídio Lico e Manoel da Lupa, o diretor jurídico da antiga e atual gestão, Valdir Rocha, o atual vice jurídico, Orlando Cordeiro, o ex-vice de futebol, Roberto dos Santos, e o ex-gerente de futebol. Osvaldo Sestário, advogado da Lusa no dia do julgamento de Héverton, ainda é aguardado.
Fonte: ESPN.com.br
