Mauro Galvão chegou ao Vasco depois e saiu antes de Juninho, porém a sua passagem pelo cruzmaltino ao lado do meia foi marcante para o torcedor vascaíno. Atual coordenador da base do Vasco, Mauro Galvão lamenta, mas entende se o meia optar por parar de jogar futebol e aponta a lesão sofrida por Juninho no dia 10 de novembro, no empate em 2 a 2, diante do Santos, no Maracanã, como fator chave para o jogador pendurar as chuteiras.
- É uma decisão difícil para todo jogador de futebol porque você, na maioria das vezes, decide contra a sua própria vontade, como foi comigo. É complicado porque você deixa de fazer o que mais gosta que é jogar futebol. Todo atleta tem um limite físico e com Juninho não é diferente. Ele sofreu uma lesão grave, perdeu o ritmo e acabou ficando difícil voltar a jogar da maneira que ele gosta. Acho que ele levou isso em consideração para abreviar a sua carreira como jogador profissional - disse.
Se os possíveis últimos dias de Juninho como jogador de futebol não foram marcados por muitas glórias, a carreira do meia, no geral, é de dar inveja há muitos jogadores profissionais, de acordo com Mauro Galvão.
- Ele tem uma carreira brilhante. Poucos conquistaram tantas coisas como ele conquistou. No Vasco, Juninho venceu como poucos. Foi um excelente companheiro de elenco e sempre confiei no jogador e na sua pessoa. Infelizmente, a aposentadoria chega para todos os jogadores - falou Mauro Galvão, aproveitando para alertar sobre a falta que Juninho fará ao futebol nacional caso pendure as chuteiras:
- É uma perda inestimável para o Vasco e para o futebol brasileiro porque estamos num período em que não encontramos tantos jogadores com as suas características. Juninho é um jogador de muita qualidade, uma liderança acima do comum, e uma técnica apuradíssima. Vai fazer falta.
Pelo Vasco, Juninho e Mauro Galvão foram campeões dos Brasileiros de 1997 e 2000, Carioca e Libertadores de 1998, Rio-São Paulo de 1999 e Mercosul em 2000.
Fonte: Lancenet
