- O bicho vai pegar? O que é isso?
Foi assim que Montoya reagiu ao saber a música que a torcida do Vasco havia criado para ele. O cântico “Olê-lê, olá-lá, o Montoya vem aí e o bicho vai pegar” foi entoado em alto e bom som na saída de campo para o intervalo e ao fim do jogo contra o Friburguense, em São Januário. Mas o colombiano, ainda se adaptando ao português, passou batido para o vestiário, claramente não compreendendo o que vinha da arquibancada. Ao saber, porém, através da reportagem do LANCE!, o que significava a popular expressão brasileira, não escondeu a surpresa e a felicidade.
– 'Muy' lindo! Às vezes, quando eles cantam, não consigo entender, mas agora, sim, vou entender (risos) – afirmou o meia.
É com seu jeito simples, o português ficando cada vez mais afiado e com a adaptação ao Brasil em franca evolução, que o jovem de 22 anos vai conquistando seu espaço no Gigante da Colina. Forte postulante a ser o novo xodó entre os cruz-maltinos, parece ter entrado de vez na disputa por uma vaga entre os titulares da equipe.
Menino caseiro, curte seus momentos de folga apreciando as belezas naturais do Rio ao lado de sua noiva, um antigo romance da Colômbia que se tornará casório ainda este ano. Como um bom turista, já visitou o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e a cidade de Búzios, onde ficou ”muy encantado”. No entanto, mais que os bons momentos no Brasil, Montoya quer mostrar que não veio ao Vasco a passeio:
– É muito bom estar recebendo o carinho do torcedor, porque o Vasco é muito grande. Tem que saber que é difícil conseguir o carinho do povo e isso serve para você ficar tranquilo, e saber que o trabalho está sendo feito bem. Agora é seguir crescendo. Vou continuar trabalhando para dar o meu melhor para o Vasco.
Guiñazú: o 'paizão' de Montoya em São Januário
Quem tem ajudado e ambientado bastante Montoya no Gigante da Colina é o volante argentino Guiñazú. Mesmo tendo chegado depois do colombiano ao clube, ele tem o auxiliado por já ter mais intimidade com o português e conhecer mais o Brasil, já que possui anos de carreira no país.
Nas concentrações, a dupla tem ficado no mesmo quarto e passam os momentos de lazer jogando vídeo-game. Pela experiência, Guiñazú também tem sempre dado conselhos e incentivado Montoya.
– Eu morei na Argentina dois anos e meio. Estamos sempre compartilhando as mesmas ideias. Sinto satisfação por estar me ajudando a crescer. Ele fala que na hora que tiver que xingar, como fala aqui, vai fazer. Mas fico tranquilo, porque sei que é o melhor para mim – destacou Montoya.
Na goleada, por 6 a 0, sobre o Friburguense, o volante fez questão de abraçá-lo efusivamente no gol que o apoiador marcou. Em seu perfil no Instagram, o apoiador sempre posta foto ao lado do argentino.
Fonte: Lancenet
