O Vasco diminuiu no tempo estimado pela diretoria os prejuízos com a saída da patrocinadora Nissan após os episódios de violência na Arena Joinville pela última rodada do Brasileirão 2013. Clube e ex-parceira costuraram um acordo amigável para a rescisão do contrato e evitaram futuras ações na Justiça.
O Cruzmaltino pleiteou uma indenização pela quebra do compromisso, já que o mesmo havia sido assinado até 2017 pelo total de R$ 28 milhões. O Vasco usou a primeira parcela antecipada de R$ 7 milhões para quitar salários atrasados e esperava receber quantia semelhante desta vez.
Cláusulas de confidencialidade impedem que o valor exato da compensação pela rescisão seja divulgado. Porém, a informação nos corredores de São Januário é de que a agremiação conseguiu algo em torno de R$ 3,5 milhões com a saída da patrocinadora.
Mesmo em cima do valor, a rescisão com a Nissan acarreta um prejuízo de pelo menos R$ 17,5 milhões ao Cruzmaltino, que deixa de receber importantes quantias pela cessão do espaço no uniforme em momento de absoluta crise financeira.
"Ir à Justiça era uma possibilidade, mas ajustamos as partes e fizemos o acordo. A primeira parcela do patrocínio foi paga e buscamos um meio termo como espécie de indenização. O clube já procura um novo patrocinador e estamos próximos de fechar a negociação para voltar ao processo normal", explicou o advogado Marcello Macedo.
Vasco e Nissan já tinham a relação desgastada antes mesmo da rescisão. Além de o diretor de marketing da empresa, Murilo Moreno, ter afirmado em novembro que o fato de o clube disputar a segunda divisão seria "melhor ainda" para a exposição, os executivos da marca reclamaram constantemente da falha no fornecimento de material esportivo e divulgação do nome da parceira nas vertentes firmadas pelo acordo.
Acertados após muitas polêmicas, cada qual segue a sua vida a partir de agora. A marca já não está na camisa do Vasco e nos próximos dias será retirada de todos os locais de propaganda em São Januário.
Fonte: UOL