O Náutico acompanha o desenrolar do inquérito civil aberto nesta quarta-feira pelo Ministério Público de São Paulo para investigar as condutas da CBF e do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no episódio Héverton e que pode afetar diretamente as situações de Portuguesa, Flamengo e Fluminense no Brasileiro. Lanterna na última edição, o clube promete se movimentar em caso de virada de mesa e confirmação de mais de 21 times na Série A.
O presidente da Lusa, Ilídio Lico, admitiu recentemente ter encaminhado a ideia de um campeonato com 24 equipes em reunião com o presidente José Maria Marin e o vice Marco Polo Del Nero.
"Meu ponto de vista é o da legalidade, estamos nos preparando para a Série B. Os méritos de 2013 infelizmente nos levaram a isso. Agora, a Portuguesa reivindicar o direito dela, acredito que, enquanto há espaço, tem que ser reivindicado, se achar que tem", afirma o mandatário do Náutico, Glauber Vasconcelos, ao ESPN.com.br.
"Caso a CBF decida que serão 21 clubes neste ano, porque a Portuguesa teve direitos, problema da CBF. Agora, se a CBF entender que mais alguém vai entrar nessa solução, vamos procurar nossos direitos", completa.
O Náutico se apoia no critério da isonomia, em que todos os times teriam de ser beneficiados da mesma forma. A equipe pernambucana, que evitou a pior campanha de todos os tempos na era de pontos corridos somente na última rodada, descarta entrar na Justiça Comum para reverter a ida para a segunda divisão, porém, dependendo do andamento da ação do MP, não brecará os seus torcedores de fazê-lo.
"Se formos prejudicados, não vamos fazer isso, mas temos torcedores ilustres, advogados brilhantes, renomados nacionalmente, que poderiam se mexer na Justiça Comum", diz Vasconcelos.
Na próxima terça-feira, o presidente alvirrubro viajará para o Rio de Janeiro ao lado do mandatário da federação pernambucana, Evandro de Carvalho, para se reunir com José Maria Marin. A princípio, o objetivo é conhecer o manda-chuva da CBF. Ele assumiu o comando nos Aflitos apenas na última semana.
Glauber Vasconcelos ressalta, no entanto, que o planejamento que vem sendo feito para 2014 é todo ele voltado para a Série B e que, caso nada de excepcional aconteça, o clube não tem o direito de tentar qualquer manobra fora de campo.
"A gente tem que entender que o Náutico não tem direito a pleitear nada. Não tivemos pontos somados suficientes, jogadores julgados e nem informações repassadas correta ou incorretamente. Fomos péssimos e os resultados foram pífios no gramado. Mas é claro que, se tivermos a possibilidade de entrar (no Brasileiro), vamos nos preparar", conclui.
Fonte: ESPN.com.br