Na reunião ocorrida nesta quinta-feira, quando Roberto Dinamite definiu a permanência do diretor-geral do Vasco, Cristiano Koehler, no cargo, conselheiros do clube mostraram insatisfação com o trabalho do profissional. O pedido principal era a demissão de Koehler ou a diminuição do poder dele no clube. O diretor permaneceu, mas outras reivindicações foram atendidas para que o apoio ao mandatário fosse mantido.
As reclamações atendidas foram a saída dos diretores de planejamento, Miguel Gomes, e de marketing, Henry Canfield. No lugar deste último assumirá Victor Ferreira, mas como vice-presidente. A pasta estava vazia desde fevereiro do ano passado.
A vice-presidência de finanças, que não tem um responsável desde setembro de 2012, quando Nelson Rocha deixou a gestão, passa a ter Jayme Lisboa Alves, que será superior ao diretor Jorge Almeida.
Com isso, Dinamite, que vem sendo pressionado por aliados e opositores, ganha uma sobrevida no cargo. É possível até que a antecipação da eleição, que vinha sendo articulada, não ocorra:
– Com esse apoio, eu acho bastante difícil que haja a antecipação da eleição – disse um conselheiro que preferiu não se identificar.
As chegadas destes dois novos vice-presidentes confirmam a diminuição de poder de Cristiano Koehler dentro do clube.
– Foi apresentado um relatório com os pedidos, e cada um deixou bem clara suas divergências com o Cristiano. Mas o presidente pediu credito ao trabalho dele e foi atendido – disse o conselheiro.
O salário de Koehler – cerca de R$ 120 mil – pode ser reduzido. Gustavo Pinheiro, diretor jurídico contratado por ele, foi mantido. Outras novidades são a criação de um conselho composto por quatro membros que auxiliarão Dinamite, sem, no entanto, poder decisão, e a presença de Cláudio Marcelo Costa dos Santos como vice-presidente de Relações Públicas.
O presidente deve fazer o anúncio das mudanças nesta segunda-feira, quando o elenco cruz-maltino se apresenta em São Januário.
Fonte: Lancenet