Em reunião realizada nessa quinta-feira, em São Januário, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, bateu o martelo e decidiu pela permanência do diretor geral Cristiano Koehler. A demissão do executivo encabeçava a lista das exigências feitas por um grupo de conselheiros ao mandatário vascaíno, que resistiu a pressão e manteve Koehler. Após longo encontro, que contou com a presença de vice-presidentes e também com o executivo - o único dos diretores remunerados a participar da reunião -, ficou definido que o diretor geral cumpre o contrato até o fim de 2014.
Contestado por vice-presidentes e por conselheiros, o executivo, que trabalhou no Vasco a primeira vez em 2010, ganha força com o retorno de Rodrigo Caetano. Após resistir a pressões de esferas diferentes do clube, de conselheiros a vice-presidentes influentes, como Antônio Peralta, e do empresário Olavo Monteiro de Carvalho - em outro encontro, antes do Natal, havia sido selada a saída de Koehler, conforme notícia publicada pelo GloboEsporte.com -, o diretor terá poderes reduzidos, responderá a um conselho de administração e deve sofrer redução salarial - política que promete passar por todos setores do clube. Koehler resistiu na função também por decisão pessoal do presidente Roberto Dinamite. No encontro dessa quinta, Koehler fez um resumo do ano de trabalho e ainda apresentou os objetivos cumpridos e os pendentes em relação ao ano passado.
- Sou uma pessoa consciente dos meus atos e das minhas realizações. A exposição do cargo é grande, e é ruim estar atrelado a coisas negativas. Mas o importante é olhar para a frente, com uma nova fase na qual todos estarão interagindo mais, com a participação de todos. Vamos fazer tudo o necessário para resolver os problemas passados e os que ainda virão, tudo o possível para manter o Vasco respirando - disse Koehler, em contato com o GloboEsporte.com.
Sobre a pressão pela sua demissão, que contou com documento e assinatura de grupo de cerca de 40 conselheiros, o diretor geral minimizou o fato.
- Um grupo de conselheiros reivindicou algumas questões junto ao presidente, que atendeu algumas e outras não. Houve uma discussão na qual se buscou um consenso sobre o que precisava ser feito - afirmou o executivo.
Gustavo Pinheiro, diretor jurídico, Henry Canfield, de marketing, e Miguel Gomes, de planejamento, no entanto, não devem mesmo permanecer em São Januário. A situação de Jorge Almeida, diretor financeiro que chegou em julho por indicação de Olavo, ainda está indefinida. Na segunda-feira, os executivos se reúnem com o presidente Roberto Dinamite. A tendência é que as mudanças na diretoria sejam anunciadas junto com a chegada de Rodrigo Caetano.
Fonte: GloboEsporte.com