O advogado Luiz Roberto Leven Siano entrará com uma ação na justiça comum pedindo a anulação do jogo entre Atlético-PR e Vasco, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013.
Luiz entrou em contato com alguns torcedores vascaínos que estiveram presentes na arena Joinville no dia da briga generalizada para poder entrar com o recurso. Em entrevista à Super Rádio Tupi, o advogado falou sobre esta decisão e afirmou que o estatuto do torcedor precisa ser cumprido.
“O meu objetivo é fazer com que o torcedor seja respeitado. Em qualquer partida de futebol, desde que entrou em vigor o estatuto do torcedor, ela tem que levar em consideração os direitos do torcedor. E o principal direito do torcedor é a segurança e que foi escancaradamente violado na partida em Joinville. Não havia no estádio mangueiras de incêndio, não existia sistema de proteção contra descargas atmosféricas, não havia proteção suficiente para torcida visitante. Enfim, uma série de irregularidades. Esta partida jamais poderia ter sido realizada naquelas condições e vamos levar isso para justiça. E ainda vamos questionar a absurda decisão do STJD de não ter denunciado a CBF e o arbitro da partida” – finalizou.
Fonte: Super Rádio Tupi
Advogado promete ação 'bombástica' de torcedores do Vasco na Justiça
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidiu não levar a julgamento o recurso do Vasco, que buscava a anulação da partida contra o Atlético-PR sob a alegação de falta de segurança. No entanto, a torcida vem se mobilizando para seguir com a história. O advogado Luiz Roberto Leven Siano pretende apresentar no início da próxima semana uma ação na Justiça comum em nome de pelo menos 50 torcedores que estiveram na Arena Joinville dia 8 de dezembro e sentiram-se lesadas por terem sofrido, mesmo que de forma indireta, as consequências da barbárie protagonizada por duas torcidas organizadas, principalmente pela ausência de policiais no local.
O recesso do judiciário se encerra nesta terça-feira, quando a ação deverá ser encaminhada. No esboço finalizado na última quinta-feira, foram indicados cinco réus, incluindo o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (absolvido pelo STJD) e a CBF (que não constou na denúncia oferecida pela Procuradoria da Justiça Desportiva).
- Será uma ação bombástica, feita por torcedores do Vasco que estavam no estádio, viveram momentos de terror e que estão indignados com os desdobramentos do caso. Até o momento temos cerca de 50 pessoas cadastradas, mas esse número pode chegar a 2.500. Obviamente não estarão aqueles que brigaram - explicou o advogado.
Leven Siano afirma que serão feitas algumas ações, incluindo perdas e danos, declaratória de nulidade e obrigação de fazer. Segundo o advogado, foram evidenciadas várias irregularidades no estádio relativas à falta de segurança, como falta de extintores de incêndio, além de outras questões que tornaram-se notórias, como ausência de agentes da Polícia Militar.
- A ideia é reparar a injustiça, valorizar os direitos do torcedor e uma reação com a Justiça desportiva. O desdobramento de tudo o que aconteceu é ridículo - afirmou.
Torcedor do Vasco, Leven Siano garante não fazer parte de uma possível manobra do clube no âmbito da Justiça comum. Ele afirma ser opositor da diretoria e lembra estar designado por vários ex-funcionários em ações contra o Vasco. Entre eles estão Edmundo, Alexandre Torres e o ex-vice de futebol José Luiz Moreira.
- A possível anulação da partida seria uma consequência. O principal é que um jogo de futebol não poderia ocorrer naquelas condições - ressaltou o advogado.
Fonte: GloboEsporte.com