O julgamento que consumou os rebaixamentos de Portuguesa e Vasco no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), além das permanências de Flamengo e Fluminense na elite do futebol brasileiro, foi marcado por fatos curiosos na última sessão do Pleno nesta sexta-feira. Não faltaram detalhes desde o "vício em celular" dos envolvidos até a luta do auditor Alexander Macedo contra o sono.
O início da sessão foi o momento mais tenso sob o somando do presidente Flávio Zveiter. Os advogados de Portuguesa e Fluminense trocaram acusações e defenderam com intensidade suas posições sobre a pontuação e escalação irregular de Héverton na última rodada do Campeonato Brasileiro.
João Zanforlin, da Lusa, chegou a iniciar uma discussão com o procurador Paulo Schmitt, logo contida por Zveiter. Por sinal, o presidente do STJD se irritou bastante com o toque incessante do celular de um cinegrafista presente ao recinto.
O profissional atrapalhou-se para desligar o aparelho e causou uma pequena pausa na audiência para o pedido de que todos evitassem os alertas sonoros dos telefones.
Enquanto isso, Schmitt e demais advogados não abandonavam os celulares por nada. Aparentando trocar mensagens através dos smartphones, os envolvidos passaram boa parte do tempo dividindo as atenções com depoimentos e punições.
Ainda no interior do Pleno, o auditor Alexander Macedo protagonizou cenas descontraídas. No primeiro momento, ele lutou para se manter acordado enquanto o relator Décio Neuhaus lia o seu voto sobre o processo que confirmou o rebaixamento da Portuguesa. Como o discurso durou por volta de 42 minutos, o auditor tentava não cochilar entre piscadas e esfregadas de mão no rosto.
O mesmo Alexander arrancou risos dos presentes no momento da decisão negativa ao pedido de impugnação do Vasco para a partida contra o Atlético-PR. Antes de proferir o seu voto, ele elogiou a advogada Luciana Lopes e não se esqueceu de citar a sua beleza em uma espécie de "xaveco" comportado.
Em frente ao prédio do STJD, os torcedores se amontoavam enquanto tudo acontecia no 15º andar do edifício. Ao sair após confirmar o sucesso da volta à Série A, o advogado do Fluminense Mário Bittencourt foi abraçado por um Papai Noel tricolor e novamente exaltado pela torcida. Enquanto isso, os torcedores rivais cobravam o "pagamento" da Série B e não poupavam críticas.
Para encerrar, clima de "circo" na Rua da Ajuda. Um senhor resolveu promover um show de embaixadinhas e conseguiu arrancar risadas até dos PMs. Torcedores mascarados aumentavam a sensação de festa e o já conhecido galo da tricolor Maria de Lurdes Pereira da Silva cantava sem parar em mais um dia de movimentação acima do normal no STJD.
Fonte: UOL