Com apoio de correntes diversas, a nova chapa que entra para o cenário eleitoral de 2014 do Vasco já trabalha com a possibilidade de assumir o clube em abril. O empresário Jorge Salgado e o presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, conversaram na última semana sobre a situação financeira cruz-maltina e já fazem planos para uma possível vitória nas urnas. Ainda sem data definida, as eleições serão marcadas por Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Assembleia Geral, amigo de Salgado e entusiasta da candidatura da dupla para a presidência.
Em encontros nas últimas semanas, Olavo e membros da diretoria já davam como certa a eleição ser realizada até abril. Há uma corrente que não considera que esta data seria uma antecipação do pleito, mas uma transposição de datas. A Cruzada Vascaína apresentou um trabalho em que prevê a eleição até maio.
A junta deliberativa que inicia o processo eleitoral é formada por cinco poderes do clube: Olavo, na Assembleia Geral; Roberto Dinamite, na presidência administrativa; o ex-presidente Eurico Miranda, do Conselho de Beneméritos; Abílio Borges, do Conselho Deliberativo; e Helio Donin, do Conselho Fiscal. Mesmo se Eurico - que poderia ter o apoio de cerca de dois mil novos sócios que entraram até abril deste ano - não concordar com a nova data, ele seria superado pelos votos dos demais integrantes da junta eleitoral vascaína.
A confiança numa eleição em no máximo quatro meses é tanta que a chapa de Salgado, Horta e Pedro Valente, ex-aliado de Eurico Miranda, já fala em transição. O grupo deve contribuir com a administração do clube nos próximos meses, aproveitando a saída da diretoria contratada neste ano (Cristiano Koehler e outros executivos) e o relacionamento aberto com nomes importantes da atual gestão, como Olavo e o vice geral Antônio Peralta, por exemplo. Empresário do mercado financeiro, Salgado já analisa os números atuais do clube e, inclusive, tomou conhecimento do orçamento de 2014, que ainda não está pronto.
- Salgado viu os números do Vasco e se assustou, evidentemente. Em dez anos, a dívida aumentou enormemente, graças a essa tragédia administrativa da gestão Dinamite - disse Pedro Valente, um dos principais articulados da frente ampla de oposição que culminou com a nova chapa.
Fonte: GloboEsporte.com