Adílson Batista fala sobre sua expectativa para 2014 no Vasco

Quarta-feira, 25/12/2013 - 07:22
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Natal é o renascimento para o Vasco. Rebaixado à Série B no Campeonato Brasileiro, com previsões nada otimistas para 2014, o técnico Adílson Batista encara de frente o desafio de montar um time sem recursos, com a auto-estima arrasada, descrente quanto à permanência de Juninho. Mas o ex-zagueiro, de 45 anos e nascido em Adrianópolis, no Paraná, vai de peito aberto.

Qual a expectativa para 2014, com um Vasco rebaixado, sofrido...?

É de fazer um grande trabalho, conquistar títulos. Montar um time, ter um grupo forte. É um recomeço, mas não se pode esquecer que o Vasco tem história, camisa, tradição. Estamos um período sem ganhar o Estadual e vamos atrás dele. E vamos com tudo. Por isso, renovei o meu contrato. Confio.

O Estadual será um laboratório para o Vasco?

Não é laboratório, não. Vamos formar um time competitivo. Será um ano diferente, em dois tempos. No primeiro, tem o Estadual e a Copa do Brasil. Depois, vem a Copa do Mundo e assim que ela acabar o Campeonato Brasileiro. Vamos pensar grande.

Sem dinheiro, qual o perfil de reforços que estão na pauta?

A gente vem conversando. É possível contar com jogadores que queiram jogar no Vasco e que tenham potencial. Já conversei com o Roberto Dinamite, Herculino (vice de futebol) e Ricardo Gomes. Não é só o Vasco que está sem dinheiro. Temos de usar a criatividade. (o goleiro Marin Silva acertou contrato com o clube).

Em 2013, você afastou jogadores que cometeram indisciplinas. O perfil extracampo será requisito?

A palavra é atleta profissional. E tem que procurar ser um. É questão de obrigação. O jogador precisa respeitar a instituição, o torcedor, o companheiro. Pesa a questão coletiva. A história mostra times com jogadores dedicados, talentosos. Que tenham vontade de vencer, com profissionalismo.

E você conta com o Juninho para 2014?

Isso aí, não sei. Ele saiu de férias com o problema muscular. Não conversamos mais. Não sei como está ele, qual a ideia dele. O Juninho tem uma história no Vasco, que quanto esteve com a gente mostrou sua importância no dia a dia.

Com quantos jogadores você deseja trabalhar em 2014?

Ah, não quero falar em números. Por que pode estourar um ou dois para cima por questões de oportunidade de mercado. Mas não quero grupo grande. Você fica incapaz de dar atenção a alguns jogadores.

Há quanto tempo você não inicia Um trabalho, podendo montar o time?

Nem faz tempo. O Figueirense em 2012. Esse time que subiu foi montado por mim. Um ou outro que não. Mas a base vem do meu tempo. E antes disso fiz o trabalho no Cruzeiro. Foram três anos e meio. Sei da dificuldade de pegar um time durante a competição. Tem que se adaptar a tudo. Cidade, time, jogadores, cultura.. É preciso ter muito jogo de cintura.

Mas depois do Cruzeiro não decolou?

Tive passagem pelo Santos. Peguei o time sem os craques, que estavam na seleção. E era o segundo lugar no Paulista. E fui demitido. Até hoje não me contaram o motivo. O dirigente pode responder isso. O Mancini (Wagner) foi demitido no Grêmio sem perder um jogo.

Como isso?

Falta compreensão a determinados dirigentes de clubes.

Qual a sua inspiração como treinador?

Fui capitão em muitos clubes e participava de reuniões estratégicas com os técnicos. Como zagueiro, via o jogo lá de trás. Trabalhei com Felipão, Ênio Andrade, Oswaldo de Oliveira, Paulo Autuori.

Fonte: Extra