A sexta-feira foi um dia especial para dona Maria Helena, mãe de Dedé. Ao lado de três sobrinhos do zagueiro do Cruzeiro e da Seleção Brasileira, ela assistiu à partida beneficente promovida pelo filho e pelo craque Diego Souza no Estádio Raulino de Oliveira.
— Realizei o sonho das crianças de entrar em campo. Eles nunca tinham entrado, é a primeira vez deles — disse.
O esforço do filho em unir os amigos para ajudar entidades assistenciais da cidade onde nasceu é visto com muito orgulho por ela.
— É muito gratificante. Foi aqui que ele começou, a cidade dele, o berçário. Ele só tá retribuindo um carinho muito grande que todo mundo daqui tem por ele — contou.
No entanto, Dedé rejeita o rótulo de filho ilustre da cidade. Modesto, ele atribui o sucesso à ajuda que teve no início da carreira e se diz eternamente grato.
— Eu sou uma pessoa comum, criada aqui nessa cidade maravilhosa. Devo muito a muitas pessoas aqui que me deram apoio quando eu precisei. Ainda preciso, porque o apoio moral, o carinho, são coisas que a gente precisa sempre tentar receber, e recebo muito aqui em Volta Redonda. Então, pro resto da minha vida eu vou sempre tentar ajudar a quem precisa — revelou Dedé.
Um olho no jogo, outro na entrevista. Dona Maria Helena confessou ao GloboEsporte.com que sente falta do filho no Vasco. Não apenas porque o time se tornou o "queridinho" da família, mas também pela distância entre ela e o filho, que hoje mora em Belo Horizonte.
— Era melhor quando ele tava no Rio, né? Moro em Volta Redonda, e no Vasco ele tava pertinho de casa. Ele fez a família toda virar vascaína, mas, na verdade, são todos torcedores do Dedé, porque já viramos cruzeirenses (risos). Mas sempre que pode ele vem me ver, matar a saudade da família — contou.
Ela e as crianças acompanharam o jogo do banco de reservas. Entre gritos de incentivo e cornetadas, a fã número 1 do zagueiro — que jogou com a camisa 10 — contou que a noite era de festa, mas nem sempre é assim.
— Quando ele tá jogando, é sofrimento total, mas é um sofrimento misturado com alegria. O ano que vem, se Deus quiser, o sofrimento vai ser pela Seleção (risos) — brincou.