Nesta sexta-feira completou 13 anos uma das maiores, senão a maior virada na história do futebol mundial, a conquista do Vasco na Copa Mercosul, contra um forte Palmeiras e num Palestra Itália lotado. O time vascaíno perdia por 3 a 0, mas voltou para o segundo tempo disposto a mudar a história do confronto e venceu por 4 a 3, com 3 gols de Romário. Mauro Galvão, ídolo da torcida vascaína, relembrou a conquista histórica em entrevista à Rádio Manchete:
“Com certeza foi uma partida totalmente atípica, uma virada sensacional num jogo decisivo. É muito difícil você ver um resultado como esse ser modificado e acabamos conseguindo. O Vasco buscou o resultado, que até certo ponto era inesperado, o Palmeiras achou que o resultado estava definido, voltou para o segundo tempo um pouco confiante demais, achando que já tinha acabado o jogo e que já eram campeões. Era um resultado expressivo(3 a 0 no primeiro tempo), mas do outro lado havia uma equipe como a do Vasco, e tinham que ter certo cuidado. Não esperavam por isso, o Vasco acabou conseguindo o empate e no final do jogo, a virada.”
Mauro Galvao revela que no intervalo do jogo houve uma grande mobilização dos jogadores e que todos acreditavam na virada sobre o palmeiras, apesar das adversidades:
“No vestiário houve uma mobilização de todos para buscar o resultado, e o Vasco tinha condições, possuía jogadores de qualidade e no primeiro tempo tudo aconteceu de uma forma muito rápida e o Vasco acabou perdendo por 3 a 0, algo que não acontecia nunca. A equipe entendeu que tinha que mudar o quadro, o Joel Santana colocou o time mais pra frente, sem um volante, e o ataque com Viola e Romário e Juninho Pernambucano como segundo volante. Após o primeiro pênalti marcado, houve a sensação que o Vasco tinha condições de virar, ou de pelo menos empatar, e de repente ir para a decisão por pênaltis. Acabou saindo melhor que a encomenda, minutos antes de terminar, fizemos o gol que acabou dando o título, a virada aconteceu com um jogador a menos.”
Apesar do título emblemático, Galvão fez questão de valorizar também a Copa Libertadores de 1998, e evitou fazer comparações:
“Acho que não, foi uma competição importante a Mercosul, mas a Libertadores sempre foi o nosso sonho, não tem como comparar, O que mais chama a atenção nesse título da Mercosul, sem dúvida nenhuma, foi pelo fato de ter sido conquistada da maneira como foi, de virada. Foi a Virada do Século, de uma forma inesperada, a vitória de virada e o título ficaram com sabor especial. Se o Vasco tivesse ganho normalmente, talvez o título não tivesse o mesmo peso, a virada representou muito mais do que o título.”
Questionado sobre os dois times, de 1998 e 2000, Mauro Galvão revela qual era o mais forte em sua opinião:
“Tendo em vista os valores, o time de 2000 tinha mais opções, mas o time de 1998 era mais certinho, funcionava muito bem, competitivo, acho que é a palavra certa. Além da qualidade técnica, era muito forte a parte tática, física e mental.”
Fonte: Supervasco
