Dinamite diz que quer participar mais da formação do time e afirma: 'Convivi com pressão a vida toda'

Sexta-feira, 20/12/2013 - 19:37
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O presidente Roberto Dinamite está imbuído em evitar, fora de campo, o segundo do rebaixamento do Vasco - ambos ocorreram sob seu comando. Andando a passos curtos, o planejamento do clube para a próxima temporada ainda está em compasso de espera sobre a possibilidade de inverter os pontos da partida contra o Atlético-PR, no dia 8 de dezembro, por conta das cenas de selvageria na Arena Joinville. O recurso para impugnar o resultado foi indeferido duas vezes pelo presidente do STJD, Flávio Zveiter, mas agora foi levado ao Pleno do tribunal, que definirá se haverá julgamento no dia 27. O dirigente cruz-maltino assegura que está "fazendo o dever de casa" para movimentar os bastidores neste caso.

- Trabalho com a possibilidade do Vasco jogar a Série A em 2014. Estamos fazendo o nosso dever de casa para tentar nossas possibilidades para buscar os direitos do Vasco. O clube não está parado. Vamos buscar tudo que é legal e é direito do clube - afirmou, à Rádio Globo.

Depois de gravar um vídeo publicado no site oficial do Vasco, sua única aparição desde o fim do Brasileirão, Dinamite voltou a falar sobre a postura tomada no episódio. Ele admite que consultou o departamento jurídico antes de definir se o time voltava a campo mesmo com a paralisação de 73 minutos e com os ânimos abalados em meio à barbárie nas arquibancadas. No fim, uma suposta brecha no regulamento da CBF

- Quando tomei a iniciativa de ir para o campo e falei com o árbitro. Já não era uma questão de pontos, de ser primeiro ou segundo no campeonato. Era uma questão de vida ou morte ali. O maior erro com relação à partida foi não colocar policiamento. Foi o que faltou. Eu consultei o departamento jurídico do clube e vimos que a melhor postura seria ficar em campo e esperar pela decisão do árbitro, que deveria ter suspendido o jogo. Agora estamos colhendo dados para tentar conseguir nossos direitos - explicou o presidente.

Goleiro uruguaio 'encaminhado'

A contratação de um novo camisa 1 pode estar mais perto do que os torcedores imaginam. Segundo o dirigente, o uruguaio Martín Silva é o principal nome na pauta, que conta com outras opções. Dinamite, aliás, deseja ter mais voz ativa na reformulação, diferentemente do que ocorreu em outras oportunidades.

- A situação do Martín Silva está bem encaminhada, e outros jogadores dessa posição também estão sendo avaliados. Estamos buscando um goleiro que possa estar ali como uma referência e ajudar a equipe dentro das competições. Estamos trabalhando para ter um goleiro à altura do Vasco. Não participei tão ativamente da escolha dos goleiros esse ano, mas agora quero participar mais das decisões na formação do time do Vasco.

Além do ex-Olímpia, Dida e Marcelo Lomba são cotados em São Januário. No entanto, o primeiro tem salário alto e está com 40 anos, enquanto o segundo permanece sob contrato com o Bahia e só seria liberado mediante a pagamento de multa rescisória, algo fora da realidade do clube.

'Convivi com pressão a vida toda'

Renunciar ao cargo, diante da pressão da oposição e de parte dos torcedores, segue longe do pensamento do presidente, que lembra de seus tempos como jogador para buscar forças. A eleição no clube deve acontecer até o meio de 2014.

- Já convivi com pressão a vida toda. Buscamos acertar o tempo todo. O ser humano cresce quando aprende com os erros. Eu errei 100% dentro do Vasco? Não acho. É preciso ter força para as pessoas que estão ao seu lado saberem que ainda há um caminho a seguir. Ouço críticas para tentar buscar soluções - ponderou.

Fonte: GloboEsporte.com