Dinamite deixou em aberto a possibilidade de concordar com a antecipação das eleições de 2014

Sexta-feira, 20/12/2013 - 15:40
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Pressionado por conselheiros e vice-presidentes para deixar o comando do Vasco, o presidente Roberto Dinamite resiste bravamente ao panorama desfavorável nos bastidores após o segundo rebaixamento em cinco anos. Em reuniões realizadas nos últimos dias, o mandatário deixou claro que não renuncia ao cargo, mas deixou em aberto possibilidades de modificar as funções dos executivos e concordar com a antecipação da eleição para os poderes do clube em 2014.

As exigências ao mandatário passaram pela demissão dos executivos, principalmente o diretor geral Cristiano Koehler. Porém, houve um recuo estratégico no encontro entre as partes. O pedido de demissão permaneceu, mas vice-presidentes e conselheiros mostraram-se satisfeitos com a possibilidade de os profissionais diminuírem a área de atuação em primeiro ato.

Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, Roberto Dinamite concordou com a sugestão e prometeu estudar substituições em diversas pastas por nomes indicados em futuros encontros.

"O presidente não vai renunciar, mas admitiu modificar o organograma para ter apoio ao menos até o final do mandato. O Vasco vai diminuir a área de atuação dos contratados. Ficou claro na reunião que os executivos vão cuidar apenas da parte jurídica e financeira. Nada mais do que isso", revelou uma fonte ouvida pela reportagem.

Como descartou a renúncia, o presidente tem sido convencido por aliados a encurtar o mandato e concordar com a antecipação da eleição para o principal posto do clube. Tradicionalmente, o pleito ocorre em agosto. No entanto, o objetivo da Assembleia Geral é de que o mesmo seja realizado até abril.

Desta forma, o ex-presidente Eurico Miranda teria suas chances razoavelmente reduzidas de voltar ao poder. Cerca de três mil eleitores que se associaram ao clube entre março e maio precisariam ter aprovação para votar, já que é obrigatório possuir ao menos um ano de sócio e pagar as mensalidades em dia para gozar da condição.

Dinamite tem consultado os poucos aliados restantes para tomar decisões. Isolado, o presidente já recebeu a sinalização de que a data da eleição será definida até o final de janeiro. E, ao que tudo indica, tomará sua posição atrelada aos futuros desenhos políticos. Além disso, existe a preocupação do dirigente com as eleições para deputado estadual, já que o mesmo pretende preservar a imagem com o objetivo de tentar a reeleição na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

Fonte: UOL