Se no primeiro turno, os cobradores decepcionaram e desperdiçaram mais de 25% dos pênaltis, a segunda metade do Brasileirão marcou uma virada em favor dos chutadores. Foram 34 penalidades assinaladas nas 19 rodadas finais do campeonato e apenas cinco foram perdidas - sendo quatro defendidas e uma para fora. O índice representa 85% de eficiência dos jogadores que cobraram penalidades. A maioria dos chutes, 24, foi feita de forma rasteira - mais de 70% das cobranças. O Espião Estatístico analisou cada uma das finalizações da marca fatal para checar o desempenho de jogadores e goleiros, além do total de cada equipe.
Gilberto (Portuguesa), D'Alessandro (Internacional) e Wellington Paulista (Criciúma) foram os jogadores com a melhor eficiência nas cobranças. Cada um cobrou quatro vezes e todas terminaram em gols. Já Rogério Ceni teve o pior desempenho, tendo três chutes defendidos da marca fatal. O goleiro do São Paulo, ainda assim, teve uma quarta oportunidade - contra o Flamengo - e converteu.
O número de cobranças no meio do gol também continuou sendo pouco praticada. Se no primeiro turno foram feitos nove chutes nesta zona da meta, apenas três cobranças foram no centro - seja no alto ou embaixo. O que dá razão a escolha dos goleiros em optar por um canto no momento das cobranças. A probabilidade do chute ir para uns dos lados do gol é de 75%. Os goleiros terminam o Brasileirão 2013 com o saldo de 17,5% das penalidades defendidas. Apenas duas bolas foram chutadas para fora e uma cobrança foi na trave.
Já entre os clubes, os jogos do Criciúma foram os que mais tiveram pênaltis. O Tigre teve nada mais que nove penalidades a seu favor e oito contra, totalizando 17. O número representa quase uma infração máxima a cada dois jogos da equipe catarinense.
Quem mais se deu bem nas penalidades foi o Corinthians. Talvez pelo posicionamento de sua linha defensiva, sempre à frente da área do Timão, o time cometeu poucos pênaltis no campeonato: apenas dois. Por outro lado, sofreu seis, o que totaliza um saldo de quatro penalidades a seu favor. Logo atrás, vem São Paulo e Fluminense, com três de diferença a favor.
Por outro lado, Náutico e Portuguesa foram os que mais sofreram com os pênaltis. Rebaixado com bastante antecedência, o Timbu cometeu três infrações dentro de sua área e não teve nenhuma marcada a seu favor. A Lusa também teve saldo negativo de três, mas teve quatro marcados para sua equipe e sete contra.