O Vasco não desistiu de tentar a impugnação da partida da última rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de um recurso rejeitado e uma reconsideração negada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Flávio Zveiter repassou o recurso vascaíno para a decisão do Pleno do STJD. Na pauta do dia 27 de dezembro, os auditores do tribunal vão decidir se o pedido de impugnação da partida entre Vasco e Atlético-PR vai a julgamento. O presidente do STJD despachou nesta tarde de quinta-feira sobre a questão e deu três dias para o departamento jurídico do Furacão se manifestar sobre o caso.
O departamento jurídico vascaíno entrou com novo recurso na segunda-feira em dois casos: um pela anulação da partida e para ganhar os três pontos do jogo, que terminou 5 a 1 para o Furacão, em Joinville, e outro para cancelar ou, pelo menos, reduzir a pena de mando de campo pelos incidentes da partida realizada em Santa Catarina. No dia 27, portanto, mais dois casos serão analisados pelos auditores do STJD. O tribunal tem agenda cheia, pois ainda recebe o julgamento dos casos da perda de pontos da Portuguesa e do Flamengo. Em caso de aceitação do Pleno do novo recurso vascaíno, é provável que o julgamento seja realizado no mesmo dia.
- Coloquei o recurso do Vasco para ser analisado pelo Pleno. Eles vão decidir se minha decisão de rejeitar o pedido do clube para impugnar a partida está correta - afirmou Flávio Zveiter, presidente do STJD, ao GloboEsporte.com.
O departamento jurídico do Vasco segue na esperança de reverter o resultado da partida na Arena Joinville. O clube tem feito reuniões quase todos os dias sobre o caso e ainda guardava uma carta na manga para o caso de uma nova derrota no STJD. Dois ministros do Supremo Tribunal Federal, esfera jurídica de maior instância no país, preparam um parecer favorável ao Vasco sobre o caso. Ayres Britto e Sepúlveda Pertence defendem que o clube deveria, no mínimo, ter direito a julgamento. Eles também devem analisar as condições de segurança da partida, o regulamento da competição e o reinício do jogo após as brigas na arquibancada. O peso da opinião dos ministros do STF poderia influenciar na análise do caso pelo presidente do STJD e pelos auditores do tribunal, acredita o Vasco.
Envolvido no caso, o Atlético-PR deve pedir nos próximos dias a improcedência do novo pedido vascaíno. Ou seja, o Furacão quer a manutenção da decisão de Zveiter, que rejeitou o recurso do Vasco. Para os cariocas, a responsabilidade pela segurança da partida era do Atlético-PR, o mandante do jogo, como diz o regulamento da competição da CBF. O clube alega que o árbitro Ricardo Marques descumpriu o regulamento da CBF ao permitir que o jogo fosse reiniciado 73 minutos depois da paralisação, mesmo quando o prazo máximo seria de 60 minutos.
Fonte: GloboEsporte.com