Recentemente consagrado campeão carioca Sub-15, o Vasco terá um desafio importante para sua boa geração de jogadores nascidos em 1998: fazer com que grande parte deles chegue aos juniores dentro de quatro anos, o que é improvável não só pelo funcionamento do futebol brasileiro, mas principalmente pela limitação administrativa do próprio Vasco. O exemplo bastante claro está dentro do próprio Estádio São Januário e tem cheiro de fracasso.
Há exatamente dois anos, o Vasco também se sagrava campeão do Carioca Sub-15 com muita pompa diante do Fluminense. Era base, inclusive, da Seleção Brasileira que venceu o Sul-Americano da categoria com muitas sobras. Pouco tempo se passou, mas hoje já é possível dizer sobre o desperdício dos melhores valores vascaínos nascidos em 1996.
Cinco campeões cariocas Sub-15 em 2011 deixaram o clube. Mosquito (96), que se destacava pelo porte físico, hoje é do Atlético-PR. Danilo foi recentemente vendido por cerca de 3 milhões de euros (R$ 9 milhões) ao Braga-POR, dinheiro utilizado para quitação de atrasados nos profissionais. Mais talentoso de todos, Matheus Índio (96) enfrenta o Vasco na Justiça e será o próximo a sair, possivelmente ao Porto-POR. Fabrício Baiano (92), outro então destaque, teve fraude descoberta. Segue no Vasco, mas sem o mesmo brilho. As esperanças recaem só sobre o canhoto Lorran (96), lateral que tem jogado no meio-campo.
Enquanto “dá aula” sobre má gestão de carreiras e desperdício de talentos, o Vasco montou mais uma geração especial na categoria infantil. Boa parte dos jogadores campeões em final contra o Flamengo saíram do futsal, estão juntos há mais de quatro anos e têm grande identificação com as cores cruzmaltinas. Andrey (98), Matheus Pet (98) e Evander (98) têm convocações constantes para a Seleção Sub-15 e, apesar do assédio de outros times, devem assinar contrato profissional com a diretoria vascaína no próximo ano. Pet e Andrey, por sinal, jogam juntos desde os sete anos.
Rebaixado de maneira praticamente incontestável em uma temporada trágica dentro e fora de campo, o Vasco conhecerá os dissabores da Série B pela segunda vez em um período de cinco anos. A exemplo de jogadores como Thalles (95) e Luan (93), a geração nascida em 1996, principalmente com Índio, Danilo, Mosquito e Foguete, poderia oferecer alternativas a Adílson Batista e projetar um futuro diferente. Não será assim. Com a palavra, o presidente Roberto Dinamite.
Confira o destino dos campeões do Vasco Sub-15 de 2011:
Juninho (segue na base); Foguete (São Paulo), Ítalo (base), Matheus Gomes (base) e Lorran (base); Danilo (vendido para a Europa), Baiano (adulteração de idade), Matheus Índio (em litígio) e Lucas Barboza (base); Lauder (Corinthians) e Mosquito (Atlético-PR).
Agradecimento: Carlos Gregório Júnior
Fonte: Blog Prata da Casa - Terra
