O rompimento unilateral anunciado pela Nissan não terá perdão do Vasco. Depois de a montadora japonesa enviar um comunicado informando a rescisão do contrato que tinha validade até 2016, o jurídico do Vasco já se movimenta para ganhar uma batalha nos tribunais caso seja necessário.
A alegação de que os incidentes na partida entre Atlético-PR e Vasco, com inúmeras brigas e quatro hospitalizados, foi o estopim para a decisão da empresa não foi bem digerida pelos vascaínos.
"É uma grande surpresa, principalmente pela justificativa que foi dada. Todo mundo sabe que no futebol tem briga dos torcedores, faz parte do contesto. Você não tem como atribuir ao Vasco o ocorrido em um jogo com mando de campo do Atlético-PR. A posição da Nissan não tem coerência para ruptura do contrato", disse Marcelo Macedo, advogado do Vasco.
Peo acordo, o clube cruzmaltino receberia R$ 7 milhões por temporada. Sem os próximos três anos de vínculo, o clube amarga um prejuízo de R$ 21 milhões, já que o acordo era válido até 2016. A multa rescisória estipulada em caso de rescisão unilateral permanece como mistério, mas a Nissan já informou que não vai mais se manifestar sobre o assunto depois da nota oficial.
"Ela terá de cumprir, haverá consequências de natureza legal e o Vasco vai buscar todos os seus direitos e vai fazer com que se cumpra os termos celebrados pela Nissan", completou Marcelo Macedo.
O patrocínio da montadora japonesa ao Vasco foi anunciado em julho e chegou a ter influência do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, vascaíno. Em novembro houve um grande desgaste na relação depois de o diretor de marketing da empresa dizer que torcia para a queda do Vasco para a Série B.
Fonte: ESPN.com.br