Conselheiros aumentam pressão sobre Dinamite; Mandarino critica eleição no meio do ano

Quarta-feira, 18/12/2013 - 07:31
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O cerco se fecha para o presidente Roberto Dinamite após o segundo rebaixamento do Vasco nos últimos cinco anos. Um grupo de conselheiros e vice-presidentes da administração coloca pressão no mandatário há pelo menos uma semana com o objetivo de que o mesmo renuncie ao posto antes da eleição para os poderes do clube em 2014.

A lista de exigências é considerável para a definição do futuro de Dinamite. Na semana passada, os conselheiros deram o prazo até esta quarta-feira para que o presidente respondesse aos pedidos da reunião anterior. Um deles trata da demissão dos executivos contratados no início deste ano, incluindo o diretor geral Cristiano Koehler.

Caso Dinamite sinalize negativamente, a pressão por uma renúncia vai aumentar nos bastidores. Inclusive, um abaixo assinado pela saída do mandatário já foi protocolado na secretaria de São Januário após publicação na internet.

Paralelo ao pedido de reconstrução da diretoria e fim do ciclo de executivos profissionais, mais duas exigências de conselheiros e vice-presidentes estão em pauta no Cruzmaltino.

A primeira deseja que Roberto Dinamite se licencie da presidência por seis meses e o vice-presidente geral Antônio Peralta assuma o cargo até as eleições, que ainda não foram marcadas - a última ocorreu em agosto de 2011.

Entretanto, a corrente com maior força no momento configura a renúncia de Roberto Dinamite até janeiro para que novas eleições sejam convocadas em 60 dias. Desta forma, o presidente confirmaria a já prevista ausência no pleito e também complicaria as intenções de Eurico Miranda.

Um objetivo ainda velado é tentar impedir que os cerca de três mil eleitores que se associaram ao clube entre março e abril possam votar. É obrigatório ter ao menos um ano de sócio e pagar as mensalidades em dia para gozar da condição. O ex-presidente Eurico Miranda foi o maior beneficiado com a situação e tem uma corrente política consolidada.

"Não existe fazer uma eleição em agosto na situação do Vasco. Isso significa dividir a temporada em duas gestões. É absolutamente indesejável. Queremos regularizar o calendário. A eleição precisa acontecer no final de um ano ou início do outro. O sensato é a renúncia total no Vasco e convocação de eleições em 60 dias. A calamidade está instalada no clube", afirmou o ex-vice-presidente de futebol e partidário de Roberto Monteiro no próximo pleito, José Hamilton Mandarino.

A reportagem do UOL Esporte apurou que Dinamite tem consultado os poucos aliados restantes para tomar a decisão. Isolado, o presidente já recebeu a sinalização de que a data da eleição será definida até o final de janeiro. E, ao que tudo indica, tomará sua posição atrelada ao desenho político das conversas nos próximos dias. Além disso, existe a preocupação do dirigente com as eleições para deputado estadual, já que o mesmo pretende preservar a imagem com o objetivo de tentar a reeleição na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

Fonte: UOL