O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, falou nesta sexta-feira (13) sobre a ação da Polícia Militar (PM) durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco da Gama, na Arena Joinville, no Norte catarinense. Segundo o chefe do Executivo estadual, a PM “tem que estar presente, não pode estar no lado de fora do estádio”.
O governador classificou como lamentável o episódio de domingo. “Primeiro acho que errou o promotor com aquela recomendação. Errou a polícia em aceitar e, principalmente, erraram mais aqueles 'animais', com aquele tipo de agressão que foi inaceitável para qualquer ser humano”.
Colombo garantiu nesta sexta-feira (13) que a ordem dada à PM "é dar toda proteção a todos os eventos que envolvam a população. Nós temos que proteger é a população”, enfatizou. Segundo o governador, os policiais militares devem estar presentes em todos os jogos oficiais em que for solicitada a atuação da instituição nos estádios.
“A polícia estava lá fora. Em um minuto e meio ela entrou, mas um minuto e meio numa situação como essa é muito tempo. A gente tem que estar presente, não pode estar no lado de fora do estádio”, destacou o governador.
Sindicância
De acordo com César Grubba, secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, uma sindicância foi aberta para apurar os procedimentos adotados durante a partida que resultou em quatro feridos e três presos em flagrante, além de dezenas de outros investigados. Até agora, outros cerca de 40 torcedores foram identificados nas imagens do confronto.
"A Polícia Militar tem que estar no local para garantir a integridade física das pessoas de bem. Se esse local é dentro do estádio, a PM tem que estar dentro do estádio, embora o padrão Fifa não seja esse”, argumentou Grubba.
Uma nota oficial do Ministério Público de Santa Catarina, divulgada nesta sexta-feira, destaca que a Ação Civil Pública “pretende evitar que a PM esteja nos estádios com o objetivo de preservar o patrimônio, jogadores, árbitros etc. Sua missão nesses eventos é a segurança do torcedor”.
Conforme o texto, a Ação Civil Pública aberta no dia 2 de dezembro ainda aguarda decisão judicial e por isso não há determinação à PM nesse sentido. “O promotor não tem poder para determinar se a PM deve ou não entrar nos estádios. Se o promotor de Justiça tivesse a intenção de dar uma recomendação sobre isso, teria elaborado um documento específico para a finalidade”, destaca o texto.
O diretor-presidente da Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville, Fernando Kreeling, destacou que a maioria das melhorias solicitadas já foi cumprida. A entidade foi intimada pela Justiça na manhã de quarta-feira (11) para apresentar comprovações em 72 horas.
Krelling falou ao G1 que faltam menos de cinco itens listados pela promotoria e nenhum deles foi decisivo para o confronto. Segundo ele, por decisão do mandante de campo foi definido ampliar o número de torcedores visitantes e a segurança foi feita por um cordão de isolamento humano. “Eles argumentaram na reunião entre PM, Felej e Atlético-PR que queriam evitar torcedores do Vasco infiltrados na torcida do Atlético”, falou ao G1 um dia depois do confronto entre torcidas.
Fonte: G1