As recepções de Vasco e Atlético-PR pelas punições aplicadas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por conta da pancadaria generalizada em Joinville foram radicalmente contra ao elevado número de jogos com portões fechados. A decisão preocupou os advogados, que vão tentar mudar o rumo da história no dia 27 de dezembro, quando acontece o julgamento do recurso.
Atlético-PR e Vasco foram multados em R$ 120 mil e R$ 80 mil e perderam, respectivamente, 12 e 8 jogos de mandos de campo na temporada de 2014. Nos dois casos, os clubes farão a metade das partidas com portões fechados em suas praças tradicionais. Advogado do Atlético-PR, Domingos Moro fez questão de reafirmar a colaboração do clube por mais que a questão dos portões fechados não esteja prevista no código brasileiro.
"Você não pode aplicar em território brasileiro uma coisa que não está prevista. Portão fechado é um regimento geral da Fifa. Vamos aceitar com muito boa vontade. Fechamos os olhos para que o problema seja resolvido. Mas não podem tirar do clube mais da metade dos mandos que terá em 2014. Queremos contribuir, mas não com esse número de jogos. Os torcedores vão brigar na praça. Estou dando a notícia em primeira mão. Isso não resolve", afirmou o advogado da agremiação paranaense.
"A perda de mando de campo feita desse jeito morreu para o futebol brasileiro no dia 8 de dezembro. Não se pode mais falar em perda de mando desse jeito. O portão fechado é uma execução traumática, mas talvez resolva. Só não podem ser tantos jogos assim e vamos tentar reduzir isso no dia 27 de dezembro", completou.
Já a advogada Luciana Lopes, que representou o Vasco no julgamento, mostrou-se ainda mais descontente com a punição aplicada aos cariocas. Ela sustentou a defesa de que o Cruzmaltino nem sequer participou da organização do confronto.
"A aplicação da perda de mando causa prejuízos aos clubes e aos torcedores que comparecem e colaboram com programas de sócio. Isso não resolve o problema. Temos o prazo de três dias e o nosso recurso estará pronto até segunda-feira. Sabíamos que teria punição, as imagens são fortes, a violência é absurda. Mas achei excessiva para o Vasco, que não participou de reunião de segurança. Isso não foi levado em consideração em nenhum momento", encerrou.
Fonte: UOL