Quase tão constrangedor quanto o segundo rebaixamento vascaíno tem sido o silêncio quase que total do presidente Roberto Dinamite. Quatro dias depois da queda, o dirigente não falou nada além das pouquíssimas palavras em um pronunciamento logo depois da partida de domingo, ainda na Arena Joinville. Mas a ausência do mandatário tem explicação. Em estratégia montada pelo departamento jurídico do clube, Dinamite deverá ficar blindado até pelo menos o dia 20.
Está prevista para até sexta-feira a emissão de uma nota oficial e a gravação de um pronunciamento do presidente, que será publicado no site oficial do Vasco. Estas deverão ser as únicas manifestações do dirigente até o julgamento, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, do pedido de impugnação da partida contra o Atlético-PR, tentativa derradeira para o time permanecer na Primeira Divisão.
A preocupação em São Januário é evitar que Roberto Dinamite diga qualquer coisa que possa ser usada contra o Vasco tanto no processo para ganhar os pontos do jogo, quanto no julgamento que ocorrerá na próxima sexta-feira, referente à briga entre torcedores vascaínos e do Atlético-PR. A punição por causa da confusão é considerada certa na Colina, enquanto a tarefa de evitar a Série B nos tribunais é vista como muito difícil, o que explica a atenção com as palavras do presidente.
O silêncio de Roberto Dinamite este ano contrasta com a iniciativa da diretoria vascaína depois do primeiro rebaixamento em 2008. Na ocasião, o presidente, ao lado de seus principais vice-presidentes, concedeu entrevista coletiva no dia seguinte à derrota para o Vitória.
Fonte: Extra Online
