A Polícia Civil já identificou pelo menos 30 torcedores envolvidos na briga durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco da Gama, no último domingo (8), na Arena Joinville. De acordo com o delegado regional Dirceu Silveira Junior, o número equivale às pessoas reconhecidas pelas polícias de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e com informações de diferentes mídias, como e-mail, redes sociais e imagens divulgadas pela impresa.
Os dados foram contabilizados até as 19h45 desta quarta-feira (11). Porém, conforme o delegado, o número é crescente. "A cada hora nossa central de inteligência recebe mais informações e esse valor é atualizado. Às vezes recebemos informações de pessoas já identificadas, mas a expectativa é termos muito mais até amanhã", explicou Silveira Junior.
Os nomes de cerca de 10 torcedores cariocas foram enviados pela Polícia do Rio de Janeiro à equipe catarinense. Já segundo a polícia do Paraná, outros 19 nomes foram enviados pela polícia do estado. "A polícia catarinense está reunindo todas essas informações, confirmando a identidade e participação das pessoas envolvidas, além de identificar", disse Silveira.
Após a identificação, uma equipe catarinense confirma nomes, naturalidade, filiação e endereço, para intimar as pessoas e incluí-las no inquérito. Depois disso, os policiais ainda vão analisar qual a participação de cada envolvido durante a briga. "Isso vai definir quem vai responder por tentativa de homicídio", disse. O delegado espera concluir este inquérito até o início da próxima semana.
O delegado afirma que polícia busca concluir até no máximo o início da próxima semana esta etapa. “Pela grande maioria não residir na comarca, tem que fazer isso enquanto este assunto está presente e as pessoas estão colaborando”, salienta. Assim que esta etapa for concluída, deve ser iniciada a fase de investigações externas.
Todos os torcedores identificados serão incluídos no segundo inquérito da Polícia Civil de Joinville sobre o confronto entre torcidas, aberto nesta terça-feira (10) e comandado pela DIC. Ele busca determinar a participação dos torcedores envolvidos na briga generalizada e também as responsabilidades dos clubes e instituições envolvidas no caso.
Tentativas de homicídio
O primeiro inquérito trata dos três presos em flagrante por tentativa de homicídio. Segundo o delegado Cinque, que é responsável por esta investigação, as imagens analisadas confirmam com clareza as agressões que são consideradas tentativas de homicídio.
O delegado pretende concluir este inquérito até quinta-feira (12). Para isso, estão sendo reunidos depoimentos e alguns laudos periciais que estão sendo aguardados. “Nós já ouvimos os três presos, mas eles foram orientados a não se pronunciar e este é um direito deles”, afirma Cinque. Apesar disso, o delegado garante que possui evidências suficientes para entrar com a denúncia. “A própria juíza verificou isso ao converter a prisão para preventiva”.
Cinque confirma que um dos detidos, Jonathan Fernandes dos Santos, de 30 anos, já responde a processo no Rio de Janeiro por outra agressão durante um jogo de futebol. “Mas ele está respondendo em liberdade e enquanto não há julgamento, ele não é considerado culpado, por isso, não se pode dizer que ele possui passagem criminal”, explica o delegado.
Fonte: G1
