A Câmara de Vereadores de Joinville fez uma audiência para questionar as ações e acontecimentos na Arena Joinville no último domingo (8). Os legisladores da cidade fizeram questionamentos a representantes do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), da Federação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej) e da Polícia Militar.
Uma briga generalizada entre torcedores do Atlético-PR e Vasco da Gama deixou quatro feridos na Arena Joinville no último domingo. Três torcedores do Vasco foram presos em flagrante por tentativa de homicídio e outros crimes, inclusive do Estatuto do Torcedor. Os outros envolvidos estão sendo identificados e serão incluídos em um inquérito policial.A audiência na Câmara de Joinville começou por volta das 17h30 desta quarta-feira (11). O promotor Francisco de Paula Fernandes Neto, o diretor-presidente da Felej, Fernando Krelling, e o tenente-coronel Adilson Moreira, comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar em Joinville, participaram da sessão e foram questionados pelos vereadores. Entre os temas destacados estavam as responsabilizações sobre o que ocorreu e qual seria a solução para evitar novos confrontos entre torcidas.
Ao ser questionado sobre qual o papel da PM neste tipo de evento, o comandante do 8º BPM foi taxativo ao afirmar que em eventos particulares cabe ao locatário garantir a segurança. Ele também destacou que eventos como a Copa das Confederações são realizados com segurança privada.
Já o promotor de justiça disse que o MPSC não possui qualquer gerência sobre a segurança pública. Segundo ele, “é uma injustiça e tremendo equívoco querer debitar a culpa sobre a PM. O jogo entre Atlético e Náutico aconteceu em 24 de novembro, sem qualquer animosidade. O Atlético quis fazer o jogo sem segurança pública. Ele assumiu o risco e não houve nada”.
O diretor-geral da Felej foi questionado sobre porquê a área entre torcidas foi dividida com um cordão humano. Segundo ele, a decisão foi do Atlético-PR, em reunião com a PM e Felej, para ampliar o número de torcedores visitantes. A divisão foi realizada com seguranças privados, segundo informado ao G1 nesta segunda-feira. O objetivo era evitar que vascaínos se infiltrassem na torcida do Atlético-PR.
Fonte: G1