Em Curitiba para lançamento de livro, Pelé pede punição aos clubes por torcedores violentos

Quarta-feira, 11/12/2013 - 20:02
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Os atos de violência têm manchado o futebol brasileiro. Brigas nos jogos Vasco x Corinthians e Atlético-PR x Vasco, por exemplo, repercutiram no Brasil e no exterior durante o ano de 2013. Rei do futebol, Pelé cobra punição aos clubes que tenham torcedores envolvidos em confusões. Na Europa, por exemplo, as equipes eram suspensas quando os hooligans (como os torcedores violentos são conhecidos no Velho Continente) agiam dentro ou fora dos estádios. Pelé avalia que, com uma ação nesse sentido, os brigões seriam identificados com mais facilidade:

- Na Europa, eles conseguiram controlar os hooligns, que eram muito violentos. Se Deus quiser, vamos conseguir acabar com isso aqui também. Na Europa, eles começaram a punir os clubes por causa dos hooligans. Mas lá era um pouco diferente. Aqui no Brasil, quando eu estava no ministério (do Esporte) com o Fernando Henrique, nós tentamos algumas ações para controlar e tivemos alguns benefícios, que são as associações ligadas aos clubes porque, muitas vezes, não são os sócios dos clubes que praticam (a violência), são associações ligadas a eles. Pegando o clube e começando a punir os clubes, fica mais fácil identificar quem são - falou o tricampeão mundial durante o lançamento do livro "As Joias do Rei Pelé", em Curitiba.

Pelé também comentou sobre o Bom Senso FC, movimento articulado por jogadores que buscam melhorias no esporte - como no calendário do futebol brasileiro e nas condições de trabalho de jogadores de divisões inferiores. O Rei do futebol afirmou que, pelo fato de o Brasil receber a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, não era o momento ideal para esses protestos.

- Infelizmente, todos esses movimentos estão acontecendo em um momento em que o país podia tirar proveito disso, dos grandes eventos que estamos tendo aqui, como Copa do Mundo e Olimpíadas. Eu acho que a gente tem que respeitar (o Bom Senso FC). Mas não era o momento próprio. Estamos a oito ou nove meses da Copa do Mundo, e isso prejudica bastante. Não era o momento para isso - completou.

Fonte: GloboEsporte.com