Nenhum advogado se apresentou até o momento para defender vascaínos presos em Joinville

Quarta-feira, 11/12/2013 - 15:11
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Familiares de um dos torcedores presos em flagrante por tentativa de homicídio durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco, devem chegar a Joinville nesta quinta-feira (12). Eles irão conversar com um advogado para negociar a defesa do jovens detido no último domingo (8). De acordo com o defensor, ainda não há acordo contratual firmado entre as partes, mas ele já conversou com os três presos.

(Atualização: anteriormente, o advogado afirmou que a chegada da família estava prevista para esta quarta (11), mas devido a forte chuva que caia em Joinville e no Rio de Janeiro, a viagem foi adiada para quinta. A reportagem foi atualizada às 14h08).

Segundo a assessoria da 1ª Vara Crime de Joinville, até o início da manhã desta quarta nenhum advogado se apresentou à Justiça como responsável em defender os jovens. Também não havia pedidos de habeas corpus juntados ao processo até as 10h.

Os três torcedores do Vasco estão presos desde a madrugada de segunda-feira (9) em uma cela especial. Eles chegaram ao Presídio Regional de Joinville por volta das 2h30. Estão juntos, isolados dos demais detentos, para garantir a segurança de suas vidas. “Permanecem separados por causa da comoção gerada pelo fato”, explica o diretor do Presídio, Cristiano Teixeira da Silva.

Arthur Barcelos Lima Ferreira, de 26 anos, Jonathan Fernandes dos Santos, de 30, e Leone Mendes da Silva, de 23, foram presos em flagrante por tentativa de homicídio, associação ao crime, danos ao patrimônio e por ferirem alguns artigos do Estatuto do Torcedor. Eles tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva, no final da tarde desta segunda. Na decisão, a juíza Karen Francis Schubert Reimer argumentou que "a prisão preventiva se justifica para preservar a ordem pública".

A magistrada classificou os crimes pelos quais eles foram presos em flagrante como de “extrema gravidade”. Além disso, ela descreveu que “os réus tentaram fugir à responsabilidade se escondendo da polícia". Ainda conforme a juíza, como todos moram no Rio de Janeiro, a distância de Santa Catarina poderia prejudicar o andamento do processo, caso eles fossem colocados em liberdade. Dois torcedores foram detidos na saída do estádio e um dentro do ônibus, quando retornava ao Rio de Janeiro.

De acordo com Silva, familiares de alguns presos já estiveram no presídio nesta segunda-feira, para obter informações sobre os torcedores. “Eles foram orientados a fazer a carteirinha de visitante e, assim que fizerem isso, já poderão entrar no próximo dia de visita”, declara.

Inquérito

O inquérito dos três jovens presos deve ser concluído nos próximos dias. Segundo o delegado regional de Joinville, Dirceu Silveira Junior, o caso deve ser “ajuizado ainda esta semana”. Como há pessoas presas, a conclusão do inquérito precisa ser concluída em até 10 dias.

No domingo, os delegados tomaram depoimento dos três feridos que ficaram internados no Hospital Municipal São José. Os feridos informaram não se lembrarem de nada que aconteceu. Eles disseram que desmaiaram e acordaram no hospital, conforme relatado pelo coordenador da Central de Polícia de Joinville, Isaías Cordeiro.

O outro torcedor, Wilian Batista da Silva, que está internado no Hospital da Unimed, também será ouvido pela polícia. Silveira destacou ainda que os quatro feridos foram tratados como vítimas no primeiro depoimento, mas também serão investigados, para identificar a participação deles no confronto entre torcidas.

Fonte: G1