Os torcedores do Vasco, Leone Mendes da Silva, 23 anos, Arthur Barcelos de Lima Ferreira, 26 anos, e Jonathan Santos, 29 anos, autuados em flagrante por tentativa de homicídio, associação ao crime, danos ao patrimônio, incitação à violência, por se envolverem em atos de barbárie na Arena Joinville, foram transferidos na noite de terça-feira para outra penitenciária. A medida foi adotada para dar mais segurança aos três, segundo um funcionário do presídio para onde foram levados no domingo.
- O presídio tem superlotação, e aqui na penitenciária tem toda a estrutura de que o preso precisa, com médicos, psicólogos e menos detentos do que vagas. Não sabemos dizer se eles tiveram alguma ameaça, só o diretor pode dizer isso - afirmou o funcionário que disse que não poderia passar o nome pois o diretor não estava no local.
O torcedor do Atlético Paranaense, William Batista da Silva, 19 anos, que, na briga generalizada entre as torcidas teve traumatismo craniano, continua em observação em um hospital particular e, segundo a assessoria, seu quadro é estável.
- O médico vai avaliar seu quadro hoje à tarde e também realizar uma tomografia para verificar evolução do caso - informou a assessoria do hospital.
Nos atos de brutalidade, que repercutiram no Brasil e no exterior, outros três torcedores ficaram feridos e foram levados ao hospital Municipal São José e liberados. No Fórum Criminal, o cartório da 1ª Vara Crime aguarda o auto de prisão em flagrante para dar andamento ao processo. A informação do cartório é de que nenhum advogado se apresentou para defender os jovens.
O delegado regional da Polícia Civil, Dirceu Silveira, disse no fim da manhã que a polícia tem 20 torcedores identificados e que agora só falta a tipificação dos crimes de cada um.
- Estamos bem adiantados e queremos concluir o mais rápido possível. Vamos tentar identificar o maior número possível, que acho são mais de 100 - disse Silveira.
Fonte: O Globo