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Atingido por estilhaços de uma bomba jogada pela Polícia Militar para tentar conter a briga generalizada no estádio Arena Joinville, no Norte de Santa Catarina, o publicitário Marcos Scheneider disse que tentou sair ao perceber a confusão, mas ficou preso contra as grades junto com outros torcedores (veja vídeo).
Durante a partida entre Atlético-PR e Vasco, no domingo (8), pela 38ª rodada da Série A, uma briga entre torcedores na arquibancada do estádio paralisou o jogo aos 17 minutos do primeiro tempo. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para o Hospital São José, em Joinville. Três torcedores receberam alta e um foi transferido e continua internado no Hospital da Unimed.
"Caí no chão, fiquei deitado, aí me encolhi na hora porque eu não sabia o que tinha acontecido. Eu não escutava nada por causa do estouro. Aí quando abri o olho, olhei minha perna sangrando", contou ele. Foi a primeira vez que o publicitário, torcedor do Vasco, conseguiu ver de perto um jogo do time carioca.
Para Scheneider, a situação poderia ter sido controlada se houvesse policiamento dentro da Arena. "Se tivessem 10 policiais entre uma arquibancada e outra, acredito que nada disso teria acontecido e tudo que houve poderia ter sido evitado", opinou. A Polícia Civil informou que tem trabalhado para identificar os envolvidos na confusão. Três torcedores do Vasco foram levados para o presídio na segunda-feira (9).
'Guerra de bandidos'
Já a advogada Inaura Orzechowski, estava em um grupo de 20 pessoas na arquibancada na Arena, todos vascaínos. Ela disse que levou cerca de oito minutos até o portão de saída mais próximo. "As pessoas se aglomeraram e muitos ficaram parados vendo a briga e não saíram, não abriram espaço para a gente sair".
A torcedora quase não teve ferimentos, mas relatou momentos de medo. "Meu sobrinho falou para mim: 'tia, o Atlético está invadindo a nossa área'. Quando olhamos, já tinha começado a pancadaria e estava um tumulto para a gente sair do campo. Vi pessoas caindo no chão, sendo pisoteadas. Tinha gente machucada, sangrando e todo mundo se acotovelando, se batendo", disse.
Ano que vem, Ianura afirma que vai no jogo entre Vasco e Joinville pela Série B. "Eu vou ver o jogo do Vasco porque eu me sinto segura na cadeira. Eu não vou deixar de me divertir por causa desse episódio lamentável. Isso foi uma guerra de bandidos, não foi uma torcida", conclui a advogada.
Fonte: G1