O Vasco terá pela frente duas duras batalhas dentro do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e colocará à prova seu departamento jurídico. Ao mesmo tempo em que tentará ganhar os pontos da partida contra Atlético-PR, domingo passado, e assim seguir na Primeira Divisão, a punição máxima que a equipe poderá sofrer no judiciário por causa da briga entre torcedores poderá fazer com que o time atue a 100 km do Rio ou com portões fechados em até 20 partidas em 2014, o correspondente a todos os jogos como mandante no Brasileiro. Seja da Série A ou da B.
Politicamente, o clube apela para a força do ex-presidente Eurico Miranda e do presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio, Rubens Lopes, para evitar a queda. Foi o atual presidente do Conselho de Beneméritos quem alertou o clube para o descumprimento do artigo 19 do regulamento de competições da CBF, que afirma que uma partida não pode ser paralisada por mais de 60 minutos, o que aconteceu em Santa Catarina. Já Rubinho tem atuado nos bastidores para evitar a perda de um representante na Série A, o que também significaria um enfraquecimento de sua campanha para a presidência da CBF.
- O Rubens já tem ajudado o Vasco nesta questão. Eu já fiz a minha parte e acho que escolheram a pessoa certa para defender o clube neste caso - afirmou Eurico Miranda, se referindo à advogada Luciana Lopes, filha do presidente da Ferj.
- O Vasco tem muito o direito de entrar com uma ação no STJD. Eu confio plenamente que a causa tem condição de ser vencida. Não acredito que haverá má vontade por parte do tribunal, eu acredito em fatos e aquela partida não deveria ter sido reiniciada - disse Luciana.
O Vasco entrará nesta quarta-feira com recurso para tentar ganhar os pontos do jogo, alegando que foi coagido a aceitar o recomeço da partida. Enquanto isso, vê o STJD marcar já para sexta-feira o julgamento referente à confusão em Joinville. Os auditores do tribunal deverão tentar reverter a pena de perda de mando de campo em jogos com portões fechados.
Fonte: Extra Online