Em momento de reuniões seguidas de reuniões, a direção do Vasco definiu em encontro nesta tarde a estratégia para o recurso do clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A advogada do Vasco, Luciana Lopes, vai representar o clube no STJD. O recurso, que seria entregue nesta terça-feira, chega ao tribunal nesta quarta-feira. Ainda no tempo prazo limite para a ação vascaína - no prazo de 48h após a entrega da súmula pelo árbitro. Advogada do Vasco há mais de três anos, Luciana lembra a insegurança na Arena Joinville para o confronto Atlético-PR e Vasco - o clube paranaense venceu o jogo, que ficou paralisado por 73 minutos, por 5 a 1.
- O jogo nunca deveria ter sido marcado para lá. O erro começou na origem. Como faz um jogo sem policiamento? - questionaa Luciana, que é filha do presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Fferj).
Recém saída de uma vitória nos tribunais brasileiros e internacionais - Luciana defendeu o ex-jogador do Vasco Carlos Alberto da acusação de doping e conseguiu, em longo processo, a anulação da punição imposta pelo STJD na Corte Arbitral do Esporte (tribunal da Fifa) -, a advogada vascaína lembra que não houve outra opção ao Vasco a não ser voltar a campo.
- Quando o árbitro (Ricardo Marques Ribeiro) decide pelo retorno do jogo, o Vasco não tinha escolha. Se abandonasse a partida, ia cair em outro artigo, que falar em deixar de disputar o jogo sem justa causa. O árbitro diz na súmula que tinha garantias de segurança. Ou seja, jogando ou não, a decisão final sobre o jogo ia caber ao tribunal - lembra a advogada.
Reunindo documentos a respeito da falta de segurança do jogo, o corpo jurídico do Vasco se reuniu nesta tarde no escritório de Luciana Lopes na Barra da Tijuca. A advogada, o vice jurídico Roberto Duque Estrada e o diretor jurídico Gustavo Pinheiro - mais tarde o encontro teve a presença também do vice geral Antônio Peralta - conversaram sobre a estratégia para defender o Vasco no tribunal e tentar a anulação da partida, com os pontos do jogo sendo entregues ao Vasco. Com isso, o clube não seria rebaixado para a Série B.
- O juiz poderia ter esperado 30 minutos, depois mais 30 e retornaria a partida se entedesse que a origem da paralisação estava sanada. Não estava. Desde o início não estava. A torcida organizada do Atlético estava tão intencionada para o confronto que escreveram no site deles que não levariam crianças e mulheres, chamaram de tragédia anunciada. Uma total falta de segurança - afirma Luciana Lopes.
Fonte: GloboEsporte.com