Em 1988, torcida Força Independente causou polêmica ao produzir bandeira com suástica

Sábado, 14/12/2013 - 09:26
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FORÇA INDEPENDENTE 1988: A ESTÉTICA DA SUÁSTICA

O físico nada tem de (mede pouco mais de 1.60 e pesa além dos 80kg) e sequer possui cabelos louros e olhos claros, características da raça ariana de Adolf Hitler.

Na verdade, o Vascaíno Nélson Alfredo Costa Almeida, 38 anos, eleitor do PMDB, é português (mora há 35 anos no Brasil), empresário e se proclama democrata.

“Não há qualquer intenção política no uso do símbolo nazista na bandeira do Vasco”, disse, na qualidade de Presidente da Força Independente, a mais nova facção da Torcida do Vasco.

Depois que o Jornal do Brasil publicou a foto dessa bandeira, os cercas de 180 integrantes da Força Independente, “gente de todos os tipos de credos e raças”, resolveram ceder as pressões de outros torcedores e após ampla discussão, modificá-la.

“Por mim, ela continua como antes. Mas como sou democrata, resolvi atender a maioria e vamos mudá-la”, afirmou Nélson, dizendo que recebeu alguns protestos de torcedores mais idosos e o conselho de que a suástica acabaria tornando sua Torcida antipática.

A bandeira, de 20 metros quadrados, surgiu como todas as outras 119 da Força Independente.

“Buscávamos novos traços geométricos”, sugeriu Nélson, gabando-se de ter as bandeiras mais bonitas da Cidade.

Quando a fizeram houve discussão sobre sua validade.

Naquela vez, uma semana antes da estréia da Torcida no jogo Vasco x Flamengo, pela Taça Guanabara, a maioria achou que não havia nada demais.

“Ela é muito bonita, tanto que uma parte da Torcida queria mantê-la“, comentou.

Nélson Alfredo acrescentou que, dessa forma, ela foi útil, pois tornou a força Independente mais conhecida e badalada.

“Sinceramente, não acho que seja uma afronta a ninguém. Piores são as Torcidas que levam nomes como Falange Rubro Negra, Flagang e uma do Vasco que vai estrear e se chamará Anarquia”, rebateu.

A Força Independente recebeu a solidariedade de outras Torcidas.

“É história. E é bom que ninguém esqueça o que aconteceu na Segunda Guerra”, disse Amâncio César, da TOV.

Fonte: Jornal do Brasil 05 de Junho de 1988



Fonte: Blog Torcidas do Vasco