Mais torcedores que participaram de briga em Joinville são identificados

Terça-feira, 10/12/2013 - 16:40
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Os torcedores que participaram da selvageria no jogo do Atlético Paranaense e Vasco estão começando a ser identificados. Integrantes de duas torcidas organizadas foram reconhecidos nas imagens da pancadaria.

Do lado do Vasco, três estão presos. O torcedor com um porrete improvisado é Leone Mendes da Silva, de 23 anos. Os outros são Arthur Barcellos de Lima Ferreira e Jonathan Santos. Eles permanecem detidos no Presídio Regional de Joinville.

O site da revista Veja mostrou que Jonathan e outro vascaíno, Philipe Sampaio, da Força Jovem, também participaram da briga durante a partida entre Vasco e Corinthians, em Brasília. O site também identificou entre os brigões: o lutador de jiu-jítsu Naíba, integrante da torcida organizada do Vasco, Marcelo Souza, que segundo a revista é integrante da bateria da torcida, e Sadraque Gomes, da torcida organizada Pequenos Vascaínos.

Torcedores atleticanos também bateram bastante durante a batalha. A polícia diz que identificou outros envolvidos e vai apurar a responsabilidade de cada um deles. Um ex-vereador de Curitiba foi identificado no meio da selvageria. Juliano Borghetti, do PP, atualmente ocupa o cargo de superintendente da EcoParaná, subordinada à Secretaria Estadual de Turismo do Paraná. Ele disse está arrependido e negou ter agredido ou ter sofrido agressões durante a briga.

No meio da guerra de torcidas, um pai abraçou o filho de 11 anos. Um torcedor do Atlético Paranaense parece protegê-lo. Depois, esse mesmo torcedor foi agredido e pisoteado.

O publicitário Marcos Schneider, que mora em Joinville, ia realizar um sonho: assistir pela primeira vez na vida a um jogo do Vasco, o time do coração. Contudo, ficou no meio da confusão entre as duas torcidas. Tentou escapar, mas acabou preso numa grade. No meio do tumulto, ele foi atingido nas duas pernas por estilhaços de uma bomba lançada pela polícia.

“Tinha pais, tinha filhos ali no colo chorando, tentando sair, até que eu vi a bomba vindo pra cima de mim, tentei escapar, não consegui. Cai no chão, fiquei deitado, daí eu me encolhi, fiquei deitado e eu não me mexi porque eu não sabia o que tinha acontecido”, conta.

A Arena Joinville, o cenário de toda a confusão, também está sendo investigada. O Ministério Público e a Polícia Militar vão avaliar novamente toda a estrutura física e as condições de segurança do estádio. Os promotores não descartam a possibilidade de pedir a interdição da arena.

A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina ainda não se pronunciou sobre a questão da segurança no estádio de Joinville. A PM disse que seguiu uma orientação do Ministério Público, que por sua vez disse que foi mal interpretado pela polícia.

Fonte: Site do Jornal Hoje - G1