Ao todo, Fluminense e Vasco contarão na Série B com uma receita de RS 45 milhões e R$ 70 milhões anuais vinda somente das cotas de TV, respectivamente. É mais do que receberam nesta temporada todos os outros 18 clubes do campeonato. E esse abismo já incomoda os adversários cariocas na segunda divisão em 2014, que ensaiam endurecer até mais do que fizeram em 2013 em relação ao Palmeiras.
Em encontro realizado em fevereiro, na sede da CBF, o presidente José Maria Marin anunciou o aumento de 70% nos valores pagos pela transmissão do torneio em relação ao ano anterior. O suficiente para fazer os números saltarem de R$ 1,8 milhão para R$ 3 milhões - com os impostos, ele fica em R$ 2,7 milhões. Nem todos ficaram satisfeitos, ainda assim, com a mudança.
A divergência fez com que o América-MG retardasse até a semana de estreia a assinatura de seu contrato, o América-RN cogitasse uma ‘rebelião' e outras equipes se voltassem contra o Palmeiras e seus R$ 70 milhões.
Pior pode acontecer novamente em 2014, agora com Fluminense e Vasco.
No mesmo fim de semana que a dupla carioca teve o seu rebaixamento confirmado, dirigentes já acenavam nos bastidores com dois cenários.
Primeiro, ficará ainda mais difícil conseguir o acesso no ano da Copa. Remanescentes do Clube dos 13, Palmeiras e Sport foram primeiro e terceiro colocados nesta temporada, com o time alviverde assegurando a volta para a Série A com uma antecedência recorde; e, segundo, com marcas mais fortes e maior visibilidade, será supostamente mais fácil pleitear um aumento nas cotas.
A princípio, a ideia dos clubes é garantir um crescimento no valor pago pela Rede Globo que o deixe em torno de R$ 5 milhões, o que, de qualquer forma, não bastaria para aliviar o prejuízo que eles dizem carregar nos oito meses de competição.
Em 2013, o modesto Icasa, com uma folha salarial de apenas R$ 150 mil, esteve próximo de subir, mostrando o quão imprevisível é a chamada ‘outra Série B'.
No final das contas, não foram promovidos os cearenses, mas a Chapecoense, com um orçamento de R$ 500 mil, quase duas vezes menos que o valor recebido por Fred no Fluminense (R$ 900 mil),
Segundo o contrato assinado por tricolores e cruzmaltinos com a Globo, em caso de queda para a segunda divisão, as equipes faturam no primeiro ano o mesmo valor a que teriam direito na elite. A cota despenca para 75% na segunda temporada na categoria.
Fonte: ESPN.com.br