Presidente do STJD descarta comparações entre jogo de Joinville e partidas anuladas em 2005 pelo 'caso Edilson'

Terça-feira, 10/12/2013 - 13:27
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O Vasco tenta se manter na Série A por meio de recurso no STJD com o intuito de anular a partida contra o Atlético-PR por falta de segurança e pelo fato do árbitro Ricardo Marques Ribeiro ter reiniciado o jogo além do tempo permitido em regulamento. Muitos torcedores têm questionado se não poderia o jogo ser refeito após a tragédia, e a remarcação de uma partida lembra o caso Edilson Pereira de Carvalho, que foi flagrado recebendo dinheiro para manipular jogos em 2005, tendo sido 11 partidas realizadas novamente. Flávio Zveiter, presidente do STJD, descarta a chance de o jogo Atlético-PR x Vasco ser remarcado e diz que não é possível fazer comparação com o caso de 2005:

“Não há como fazer analogia, pois naquele caso houve uma comprovada corrupção de um árbitro que manipulou resultados para se beneficiar e receber dinheiro por conta disso. Por isso houve a anulação, foi comprovado por escutas telefônicas com diversas outras provas colhidas pela Polícia Federal que um árbitro recebeu propina para manipular resultado. A partir do momento em que alguém recebe propina para manipular jogo, este fica contaminado e tem que ser novamente disputado. Nesse caso não existe corrupção, o árbitro reiniciou uma partida em tese sem segurança necessária e por conta disso teria que ser interrompida. São casos distintos, não dá para fazer nenhum tipo de analogia", declarou à Super Rádio Brasil.

Flávio Zveiter explica questão do policiamento na Arena Joinville

Uma questão bastante discutida na confusão entre as torcidas de Atlético-PR e Vasco na Arena Joinville foi a segurança, que não havia no interior do estádio, somente na área externa. O presidente do STJD, Flávio Zveiter, explicou à Super Rádio Brasil que a segurança é de responsabilidade do mandante, juntamente das autoridades competentes, e que o policiamento é fardado e dentro do gramado:

“O policiamento é uma exigência do estatuto do torcedor, na qual o clube mandante tem a obrigação de junto com as autoridades competentes discutir e elaborar um plano de segurança. A lei prevê isso, é um policiamento fardado dentro do gramado, não necessariamente nas arquibancadas em que haver, deve ter segurança, isso é responsabilidade do mandante junto das autoridades competentes. O plano elaborado não foi o correto, por isso a confusão aconteceu.”

O julgamento do recurso do Vasco foi marcado para a próxima sexta-feira e Zveiter garantiu que será analisado e decidido de imediato:

“Não vou me manifestar com relação a isso porque não sei o que o Vasco vai pedir, por enquanto existem matérias jornalísticas dizendo que pedirá e vai alegar uma série de coisas. Vamos aguardar, se o Vasco fizer qualquer requerimento, posso garantir que imediatamente será decidido.”

Fonte: Supervasco