Justiça de SC converte prisão de vascaínos de flagrante para preventiva

Segunda-feira, 09/12/2013 - 21:05
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A 1ª Vara Criminal de Joinville, no Norte de Santa Catarina, converteu de flagrante para preventiva a prisão dos torcedores do Vasco suspeitos de envolvimento na briga entre torcidas na Arena Joinville no domingo (8). A decisão foi publicada no fim da tarde desta segunda-feira (9). Com isso, os suspeitos responderão ao processo presos.

Durante a partida entre Atlético-PR e Vasco pela 38ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, uma briga generalizada entre torcedores na arquibancada do estádio paralisou o jogo aos 17 minutos do primeiro tempo. Quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para o Hospital São José, em Joinville. Três torcedores receberam alta e um continua internado no Hospital da Unimed.

Arthur Barcelos Lima Ferreira, de 26 anos, Jonathan Fernandes dos Santos, de 30, e Leone Mendes da Silva, de 22, foram presos em flagrante e levados para o Presídio Regional de Joinville por volta das 2h30 desta segunda (9). Todos são naturais do Rio de Janeiro, segundo a Polícia Civil. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio, associação ao crime, danos ao patrimônio e por ferirem alguns artigos do Estatuto do Torcedor.

Na decisão, a juíza de Direito Karen Francis Schubert Reimer argumenta que "a prisão preventiva se justifica para preservar a ordem pública". Além disso, ela argumentou que "os delitos pelos quais foram presos em flagrante são de extrema gravidade e os réus tentaram fugir à responsabilidade se escondendo da polícia". Ela também escreveu que, como todos não são moradores de Santa Catarina, isso poderia prejudicar o processo, caso eles fossem colocados em liberdade. Por último, a juíza citou que ainda não sabem os antecedentes criminais dos réus.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que, até as 19h deste segunda (9), nenhum dos três presos havia pedido habeas corpus.

Inquérito policial

O inquérito sobre os três torcedores que estão presos deve ser concluído em 10 dias. Segundo o coordenador da Central de Policia de Joinville, Isaias Cordeiro, a partir desta terça (10), a polícia vai buscar informações sobre a ficha criminal deles no Rio de Janeiro, já que o sistema não é integrado.

"Como há pessoas presas, é preciso agilidade na apuração. Ontem [domingo] já foram ouvidos os três feridos que estavam no Hospital São José e serão ouvidos os dirigentes dos clubes e representantes das torcidas organizadas", disse o coordenador. Nesta segunda (9), foi feita perícia no local para avaliar os estragos físicos. Assim que o inquérito de tentativa de homicídio for concluído, a polícia instaurará um novo para investigar outros envolvidos e responsabilidades.

Fonte: G1