Prefeito de Joinville culpa falta de compromisso do Atlético-PR com a segurança

Segunda-feira, 09/12/2013 - 18:06
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Após o jogo de empurra sobre quem é o culpado pela briga entre torcedores do Atlético-PR e do Vasco, no domingo, o clube paranaense é quem sofre mais ataques das autoridades de Joinville. O prefeito da cidade catarinense, Udo Döhler, abriu guerra contra a diretoria do Furacão e responsabilizou o presidente Mario Celso Petraglia pela barbárie nas arquibancadas durante a partida.

Em entrevista aos canais ESPN e ao ESPN.com.br, nesta segunda-feira, o prefeito de Joinville deixou claro que o contrato assinado entre ele e o Atlético-PR especificava que o clube tinha a obrigação de providenciar segurança para o jogo válido pela últiamrodada do Campeonato Brasileiro.

"Tomamos todo o cuidado quando locamos a arena para o Atlético-PR, que assumiu o compromisso de segurança para que não houvesse riscos. Infelizmente, o Atlético não cumpriu com esse compromisso, foi uma segurança inadequada para o público. Isso permitiu que nós tivésseos esse incidente lamentável", afirmou Udo Döhler, que completou.

"Agora teremos os cuidados paar responsabilizar aqueles que permitiram esse acontecimentos lamentáveis. O Atlético não cumpriu com esse compromisso contratual de disponibilizar a segurança adequada. Alguém tem que se responsabilizar pelo que aconteceu. Já conversei com o Governador de Santa Catarina sobre tudo o que aconteceu, e ele disse que vai acompanhar a situação".

Devido a uma punição do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o Atlético-PR perdeu mandos de campo e teve que atuar fora de Curitiba. O clube paranaense, que já tinha enfrentado o Náutico no local, pagou R$ 25 mil à Prefeitura para atuar na Arena Joinville.

Depois do incidente no duelo duelo com o Vasco e da polêmica, no entanto, o prefeito da cidade catarinense avisou que não pretende mais alugar o estádio para os atleticanos.

"Eu não locaria mais a arena para o Atlético nessas condições, a não ser que o presidente do clube refizesse as suas colocações. Ele disse que o município tinha a responsabilidade pelo que aconteceu, mas o ônus contratual é do Atlético. O Atlético vai ter dificuldade para atuar novamente neste estádio", garantiu Udo Döhler.

Apesar de culpar o Atlético-PR pela falta se segurança, o prefeito também responsabilizou a Polícia MIlitar pela situação. "Por outro lado, também era desejável que nós tivéssemos a segurança da Polícia Militar, que não apareceu. Existe uma outra demanda que ainda deve ser esclarecida. Mas em um jogo como esse, era indipensável que tivéssemos a presença da PM".

Comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar de Joinville, o coronel Adilson Batista isentou a corporação de culpa e explicou que a ausência de policiais na área interna no estádio aconteceu por uma recomendação do Ministério Público.

"Essa já é uma discussão antiga com o Ministério Público, e no dia 2 de dezembro houve uma ação civil que determinava que eventos particulares deveriam ocorrer sem a presença da polícia. A recomendação diz que em evento particular a segurança tem que ser particular, a presença da polícia seria um desvio da minha função. Esse é um entendimento interessante", disse o coronel.

Após paralisação de mais de uma hora por causa das brigas entre torcedores, a partida foi reiniciada em Joinville, e o Atlético-PR goleou o Vasco, por 5 a 1. O resultado colocou o time parananese na Libertadores e rebaixou a equipe carioca.

Fonte: ESPN.com.br