Gestora da Arena, a Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville se esquiva da culpa sobre o incidente que aconteceu no estádio. De acordo com Fernando Krelling, presidente da entidade, a responsabilidade pela segurança da partida contra o Vasco era única e exclusiva do Atlético-PR, que pagou cerca de R$ 25 mil para utilizar as dependências da Arena.
- Estamos com um contrato em mãos, no qual diz que toda a responsabilidade de segurança privada, de contato com a PM, de seguro do torcedor e emissão do bilhete, é do locatário: o Atlético-PR. Nós apenas alugamos o estádio. O evento não é nosso - destacou Krelling.
Os motivos que causaram todo o episódio de violência devem ser apurados nos próximos dias. Krelling adianta que não recebeu nenhum comunicado do Ministério Público avisando que a PM não deveria fazer a segurança do Evento. De acordo com ele, essa notificação partiu da polícia.
AN - De que forma a Felej foi comunicada pela Polícia Militar e pelo Ministério Público de que não haveria policiamento na Arena?
Fernando Krelling - Quem passou essa notícia para a gente foi a própria PM. Ontem (sábado), tivemos uma reunião com a PM e com o Atlético-PR. Como foi aqui na Felej, eu também participei. Mas toda essa logística foram eles que fizeram. A PM comunicou que não teria policiamento por determinação do Ministério Público. Mas nós não recebemos nada do MP.
AN - Mas vocês souberam apenas no sábado de que não haveria policiamento? A Felej não questionou isso?
Fernando Krelling - A gente soube, informalmente, quando o Atlético-PR nos procurou na quarta-feira. Eles nos ligaram porque a PM tinha combinado que não estaria dentro do estádio e pediu para que reforçassem a segurança privada. Mas foi algo informal. Ontem (sábado), na reunião, eu até alertei que a imprensa do Rio nos disse que teve problemas no jogo entre Atlético-PR e Vasco, no primeiro turno, expliquei para eles. Mas, como eles estão agindo por meio de uma determinação do MP, não cabe à Felej decidir isso.
AN - Acredita que a Arena e o JEC possam sofrer consequências jurídicas?
Fernando Krelling - Eu não saberia te responder isso. Pode ser ou pode não acontecer. Foi apenas um evento. Quem estava respondendo pelo evento era o Atlético-PR. A Arena era a casa deles. A gente está resguardado porque a gente tem um contrato. Quem teria que ser enquadrado no Estatuto do Torcedor, nesse caso, é o Atlético-PR. Estamos com um contrato em mãos, no qual diz que toda a responsabilidade de segurança privada, de contato com a PM, de seguro do torcedor e emissão do bilhete, é do locatário: o Atlético-PR. Nós apenas alugamos o estádio. O evento não é nosso.
AN - A partir desses acontecimentos, a Felej pretende dialogar com o MP e com a PM para entender o que aconteceu?
Fernando Krelling - Em primeiro lugar, eu quero dizer que a Felej não recebeu nada do MP. Foi uma alegação da PM, dizendo que o MP provocou para que ela não estivesse no estádio. Mas nós não recebemos nenhum alerta. E, sim. A gente vai verificar o porquê de tudo isso ter acontecido.
Fonte: A Notícia - Clickrbs