Mesmo com a permanência na Primeira Divisão, o fim de ano do Vasco promete ser de mudanças. Em caso de queda para a Série B, elas serão ainda mais drásticas. Com um cenário de desgaste interno e proximidade de eleições das quais o presidente Roberto Dinamite dificilmente deverá participar, o corpo diretor do clube pode sofrer grandes mudanças. E tais alterações devem refletir em níveis mais baixos do clube.
Cristiano Koehler, diretor geral, cogita a possibilidade de deixar o Vasco em dezembro. O rebaixamento fatalmente deixará o trabalho do executivo ainda mais questionado por parte de dirigentes não remunerados. Com propostas de outros dois clubes e questões pessoais, como a gravidez da esposa e a doença da mãe, o gestor poderá sair e carregar com ele os diretores que trouxe para administrar o Vasco: Gustavo Pinheiro (jurídico), Miguel Gomes (administração) e Jorge Almeida (financeiro).
No departamento de futebol, Ricardo Gomes também não está garantido. A tendência, com ou sem o diretor de futebol, é a utilização maior dos jogadores da base, com uma diminuição do número de contratações em comparação ao que ocorreu este ano. Até porque ocorrerá uma redução na folha de pagamento. O tamanho da diminuição deverá variar, dependendo da permanência ou não de Adílson Batista.
O treinador, por sinal, foi aprovado pela cúpula vascaína por causa do trabalho mostrado nesta reta final de Campeonato Brasileiro. A tendência é de que tenha o contrato renovado, independentemente do que acontecer hoje. Se o Vasco escapar da degola, ele deverá ter um reajuste salarial.
Em relação à renovação dos jogadores que estão no elenco, tudo dependerá da permanência ou não de Adílson Batista. Uma coisa é certa: a expectativa em São Januário é de que o treinador terá a mesma quantidade de recursos à disposição para contratar, independentemente da divisão.
Isso porque o clube não trabalha com a possibilidade de ter uma redução nas receitas em caso de rebaixamento. O valor referente à venda dos direitos de transmissão das partidas já foi fechado e será mantido. O mesmo vale para o valor do patrocínio pago pela Nissan e também pela Caixa. Existe sim a expectativa de um aumento na receita com o programa de sócio-torcedor, a exemplo do que aconteceu em 2009, quando a temporada na Série B despertou o sentimento de reconstrução da torcida, aumentando assim o número de adesões ao quadro de sócios.
Hoje, o Vasco tem de vencer o Atlético-PR e torcer por outros resultados. Muita coisa pode mudar na Colina. Até a divisão.
Fonte: Extra Online