Ídolo vascaíno Geovani lamenta momento do Vasco, mas ainda acredita na permanência na Série A

Sexta-feira, 06/12/2013 - 12:35
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Ídolos de Fluminense e Vasco, Deley e Geovani já foram rivais dentro das quatro linhas. Atualmente, os dois vivem sentimento semelhante em relação aos últimos jogos dos seus clubes no Campeonato Brasileiro. O temor com a possibilidade do "rebaixamento duplo" é admitido por ambos, assim como o inconformismo pela realização de um dos maiores clássicos do país na Série B.

Se o fato indesejável ocorrer, Tricolor e Cruzmaltino vão disputar a segunda divisão juntos em 2014, justamente quando serão completados 30 anos da decisão do Campeonato Brasileiro entre os rivais. Em 1984, Deley e Geovani estiveram envolvidos nas finais que deram a conquista ao clube das Laranjeiras. Da época gloriosa ao momento sombrio, as referências das instituições lamentam a mudança de panorama.

"Clubes como Vasco e Fluminense não podem viver uma situação dessa. É complicado. São muitas dívidas e não sei até quando esse padrão pode ir. Jamais podemos ficar felizes com dois clubes protagonistas deste jeito. É péssimo para o futebol do Brasil, lamentável para o futebol carioca. É um sofrimento", afirmou Deley, derrotado recentemente por Peter Siemsen na eleição à presidência do Fluminense.

Geovani foi ainda mais incisivo nas críticas. Ele deixou claro estar ao lado do time e revelou o desejo de ir até Joinville apoiar o Vasco contra o Atlético-PR, domingo, às 17h (de Brasília). Ligações para o presidente Roberto Dinamite fazem parte do roteiro do ex-jogador nos últimos dias.

"É muito triste. Não morri ainda, pois o meu coração está bom. Nunca passei por isso como jogador. Não sou melhor do que ninguém, mas nunca passei. Todo mundo tem culpa, mas deixar para a última hora não costuma dar muito certo. Ainda acredito que o Vasco saia dessa situação até pela amizade que tenho com o presidente Roberto Dinamite. Se ganharmos, temos grandes chances de deixar essa fase", comentou.

Na decisão de 1984, o Fluminense conquistou o Brasileirão ao vencer o Vasco por 1 a 0 na primeira partida. O gol de Romerito foi o suficiente para garantir o título com o empate sem gols no segundo confronto. Os ídolos não esquecem os jogos disputados entre os rivais.

"Uma das coisas que tenho na memória é o Ricardo Gomes [atual diretor executivo do Vasco] correndo ao redor do gramado abraçado com todo mundo. Foi maravilhoso. Ser campeão é muito difícil. Hoje ele está do outro lado, mas tenho a certeza de que não está satisfeito com a situação do Fluminense. Porém, claro que precisa defender o Vasco", disse Deley, seguido por Geovani.

"Lembro muito daquela final e do Romerito. O cara era incansável. Me dá muita tristeza. Naquela época cada clube tinha três ou quatro jogadores na seleção. Isso acabou e os times brigam para não cair. As conquistas tornaram-se raras", encerrou.

Para não ser rebaixado pela segunda vez em cinco anos, o Vasco precisa pelo menos do triunfo no fim de semana sobre o Atlético-PR e mais um resultado. Os placares benéficos são os seguintes: uma derrota do Criciúma para o Botafogo, empate ou derrota do Coritiba frente ao São Paulo. Um empate com o Atlético-PR torna obrigatórias as derrotas de Coritiba e Fluminense. Em caso de revés, o clube de São Januário estará rebaixado para a segunda divisão.

Já o Fluminense enfrenta o Bahia e depende de uma combinação entre três resultados para se salvar da degola. Além da vitória na Fonte Nova, o Tricolor precisa de derrotas do Coritiba para o São Paulo e do Vasco para o Atlético-PR.

Fonte: UOL