VASKILHA E FORÇA INDEPENDENTE: FIM DA VASKILHA E INÍCIO DA FORÇA INDEPENDENTE
NO BAIRRO, DUAS TORCIDAS RESISTEM
Primeiro foi a Fluilha, que acabou antes mesmo de ser inaugurada.
Depois, os quase 20 anos sem título, somados a problemas financeiros, mataram a Botafoguilha, em 1987.
Os dois Clubes de maior Torcidas do Rio, Flamengo e Vasco, passaram então a ser os únicos com Torcidas Organizadas na Ilha do Governador.
No fim do ano passado, contudo, falta de verba e discussões políticas internas minaram a Vaskilha, deixando só a Flamilha, na luta para manter a tradição das Torcidas no Bairro.
Muitos Vascaínos da Ilha, porém, não se conformam com o fim da Torcida.
Cerca de 20 pessoas se reuniram a outras 300, uma dissidência da Pequenos Vascaínos, e no dia 21 de Dezembro de 1987, criaram a Força Independente.
A proporção desigual impediu os antigos membros da Vaskilha de participarem da Diretoria.
O Presidente da Força Independente é Nelson Alfredo e o Chefe da Torcida é Érico Rodrigues, ambos ex Pequenos Vascaínos.
Marcos Borges, de 20 anos, ex Vaskilha não parece preocupado com a mudança.
Ele acha que o que vale é o interesse pelo Clube.
De uma Torcida pequena, os Vascaínos da Ilha passaram para outra com mais de 130 bandeiras, 38 peças de bateria e quatro faixas.
Tudo isso, sem ajuda do Vasco.
“O Clube só paga 30 por cento do aluguel dos ônibus nas excursões com o time”, diz Érico.
Érico acha que um Vasco vitorioso paga qualquer sacrifício.
“Nunca tive na vida uma alegria como em 1980, quando Roberto marcou 5 gols no Corinthians, no Maracanã. Temos tristeza como 1981, pois os dirigentes o Flamengo puseram um ladrilheiro no gramado. Mas superamos tudo.”
Fonte: Jornal O Globo 15 de Maio de 1988