O destino prega peças e, por ironia ou não, repete cenários marcantes. O jogo de domingo entre Vasco e Atlético-PR, domingo, em Joinville, é um deles. Em 2004, ambos os clubes enfrentaram-se na penúltima rodada do Brasileirão. O Vasco tentava desesperadamente fugir do rebaixamento e o Furacão buscava o título. A improvável vitória por 1 a 0 do Gigante da Colina, que selou a conquista do Santos, até hoje é lembrada pelo Furacão, que amargou o vice-campeonato.
Com 85 pontos, dois a mais que o rival Santos, o Atlético-PR, que estava há 11 rodadas seguidas no topo da tabela, viajou para o Rio como franco favorito. Era considerado o melhor time, com melhor futebol da competição. O caldeirão de São Januário, entretanto, ferveu. Sob o comando do técnico Joel Santana, o Vasco atuou na base da superação.
O goleiro Everton não deu chances para Washington, Coração Valente, artilheiro da competição com 34 gols (recorde até hoje). Na frente, Petkovic, antes perseguido pela identificação que tinha com o Flamengo, foi o principal nome do jogo. Foi dele a cobrança de falta que achou o zagueiro Henrique livre na área para marcar o único gol da partida.
Com o resultado, o Gigante da Colina escapou matematicamente da degola com 54 pontos. Já o Atlético-PR viu o Santos ultrapassá-lo com 86 pontos. E o pior, na última rodada o Peixe venceu o mesmo Vasco por 2 a 1 para confirmar o título.
Nove anos depois, Vasco e Atlético-PR mais uma vez jogam por objetivos distintos. O mando do jogo será do Furacão, que busca uma vaga na Libertadores. A situação do Gigante da Colina agora é muito mais dramática. Afinal, ele não depende apenas de si para escapar da degola.
Fonte: O Dia