Até a sexta-feira, a CBF deverá anunciar o Regulamento Geral de Competições para 2014 e apresentar uma novidade: o aumento do número de estrangeiros em campo de três para cinco. A novidade foi contada pelo presidente José Maria Marin durante a sua passagem por Salvador, neste domingo, para acompanhar o confronto entre Vitória e Flamengo no Barradão. Acompanhado do seu braço-direito Marco Polo Del Nero, ele conferiu o jogo em um dos camarotes do estádio.
Antes de a bola rolar, Marin prestou uma homenagem ao mandatário rubro-negro Alexi Portela pelos serviços prestados ao futebol brasileiro. Portela se despede do comando da equipe baiana ao fim desta temporada e foi um dos principais articuladores da mudança na regra.
A discussão foi iniciada três meses atrás e abraçada por outros clubes como Cruzeiro, Grêmio e Inter. No mês passado, o tricolor gaúcho enviou para a CBF um ofício com a proposta. O departamento jurídico apoiava a sua argumentação nos efeitos da Lei Bosman na Europa, um comparativo da situação com a América do Sul e as necessidades criadas pelo fair play financeiro.
Em contato com a reportagem do ESPN.com.br, o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, assegurou que a alteração será feita para o ano que vem, mas preferiu adotar a cautela em relação ao novo número.
"Algum tempo atrás, desde que publicamos o regulamento do ano passado, eu e o grupo que temos já vínhamos com a intenção de modificar isso. Até o final da semana, ela estará sendo publicada e passará a valer a partir de 1 de janeiro. Provavelmente, ou melhor, seguramente, vamos ter essa mudança", afirma.
O Grêmio é uma das equipes que enfrentam atualmente dificuldade com a restrição de apenas três estrangeiros nos gramados nacionais - a cada partida, o técnico Renato Gaúcho é obrigado a descartar um nome entre o argentino Barcos, o paraguaio Riveros, o uruguaio Maxi Rodríguez e o chileno Vargas. Esse problema deixaria de acontecer na próxima temporada.
Um dos argumentos dos clubes é que, mesmo com o aumento nas cotas de TV, o mercado também foi inflacionado, tornando, assim, mais favorável investir em atletas do continente. Um grupo menor de dirigentes se mostrava contrário apenas pelo efeito que isso poderia ter na formação de talentos no País.
Fonte: ESPN.com.br